ATA DA CENTÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 02-12-2002.
Aos dois dias do mês de dezembro do ano dois mil e
dois, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni,
Almerindo Filho, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Ervino Besson, João
Antonio Dib, João Carlos Nedel, Maria Celeste, Raul Carrion e Zé Valdir. Ainda,
durante a Sessão, compareceram os Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Estilac Xavier, Fernando Záchia, Haroldo
de Souza, João Bosco Vaz, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Nereu
D'Avila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia
Cavedon e Valdir Caetano. Constatada a existência de quórum, o Senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos
de cópias da Ata da Quadragésima Segunda Sessão Solene, que deixou de ser
votada face à inexistência de quórum deliberativo. À MESA, foram encaminhados:
pelo Vereador Cassiá Carpes, o Projeto de Lei do Legislativo n° 226/02
(Processo n° 3520/02); pelo Vereador Fernando Záchia, o Projeto de Lei do
Legislativo n° 222/02 (Processo n° 3439/02); pelos Vereadores João Bosco Vaz e
Valdir Caetano, o Projeto de Lei do Legislativo n° 228/02 (Processo n°
3544/02); pelo Vereador João Carlos Nedel, 15 Pedidos de Providências. Do
EXPEDIENTE, constaram: Ofícios n° 696 e 697/02, do Senhor Prefeito Municipal de
Porto Alegre; 10619988, 10620062 e 10620390, do Senhor Sady Carnot Falcão
Filho, Diretor-Executivo do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Na
ocasião, por solicitação do Vereador Ervino Besson, foi realizado um minuto de
silêncio em homenagem póstuma ao Senhor Mahicon Librelato, atleta do Sport Club
Internacional, falecido no dia vinte e oito de novembro do corrente, e à
Senhora Marione Teresinha Meneghetti, falecida no dia trinta de novembro do
corrente. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR,
ao Senhor Jair Krischke, Presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos,
que procedeu à divulgação do 19° Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo,
explanando os principais aspectos relativos às categorias e às regras a serem
observadas para a sua concessão e registrou o transcurso, no dia dez de
dezembro do corrente, do qüinquagésimo aniversário da Declaração Universal dos
Direitos do Homem. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os
Vereadores Sebastião Melo, Clênia Maranhão, Cassiá Carpes, João Antonio Dib,
Ervino Besson e Adeli Sell manifestaram-se sobre o assunto abordado durante a
Tribuna Popular. Às quatorze horas e quarenta e oito minutos, os trabalhos
foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta e
nove minutos, constatada a existência de quórum. Após, foi apregoado
Requerimento de autoria do Vereador Carlos Alberto Garcia, deferido pelo Senhor
Presidente, solicitando que o Projeto de Resolução n° 109/02 (Processo n°
3250/02) seja incluído na Ordem do Dia, nos termos do artigo 81 da Lei Orgânica
Municipal. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Aldacir Oliboni registrou o transcurso,
ontem, do Dia Mundial de Luta contra a AIDS, destacando a importância da
realização de campanhas de conscientização sobre as medidas preventivas a essa
doença, explicando as causas e os sintomas dessa enfermidade e mencionando as
medidas implementadas pela Secretaria Municipal de Saúde, no sentido de prestar
assistência aos portadores dessa doença e fornecer medicamentos e orientação
sobre o assunto. O Vereador Ervino Besson teceu considerações sobre o Projeto
de Lei do Legislativo n° 204/02, de autoria do Vereador Almerindo Filho, que
dispõe sobre a reserva de habitações populares a idosos carentes, e sobre o
Projeto de Lei do Legislativo n° 224/02, de autoria de Sua Excelência, que
suprime o endereço do usuário nas carteiras de passagem escolar, externando
suas impressões acerca das referidas propostas e propugnando pela sua aprovação
na maior brevidade possível. O Vereador Carlos Pestana relatou os debates que
vêm sendo realizados pela Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos,
tendentes ao estabelecimento de uma acordo entre as entidades representativas
de consumidores e a Associação Gaúcha dos Supermercados – AGAS, de modo a
estabilizar o preço dos produtos integrantes da cesta básica, informando que,
no dia seis de dezembro do corrente, será realizada reunião entre as referidas
partes, a fim de consubstanciar os termos desse acordo. O Vereador Valdir
Caetano teceu críticas à decisão tomada pela Prefeitura Municipal de Porto
Alegre, no sentido de não implementar sistema de vigilância com câmeras de vídeo
em ruas do Centro da Cidade, sob a alegação de que a implantação de tal projeto
é inviável, face ao seu custo. Nesse sentido, afirmou haver contradição entre o
discurso e a prática do Governo Municipal, notadamente em relação aos
investimentos realizados para a aquisição de equipamentos controladores de velocidade.
O Vereador Adeli Sell referiu-se ao pronunciamento efetuado pelo Vereador
Valdir Caetano, acerca da não implantação de sistema de monitoramento do Centro
da Cidade através de câmeras de vídeo. Também, propugnou pela adoção de medidas
que viabilizem um combate efetivo ao tráfico de drogas, à comercialização de
produtos fruto de crimes de descaminho e à venda indiscriminada de óculos de
grau e de sombra por camelôs que exercem suas atividades no Centro de Porto
Alegre. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Fernando
Záchia, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando que o Projeto de Lei do
Executivo n° 073/02 (Processo n° 3314/02) seja incluído na Ordem do Dia, nos termos
do artigo 81 da Lei Orgânica Municipal. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Reginaldo
Pujol comentou aspectos alusivos aos trabalhos desenvolvidos pela Câmara
Municipal de Porto Alegre ao longo do corrente ano, manifestando-se acerca da
importância do debate sobre o Projeto de Lei Complementar do Executivo n°
004/02 (Processo n° 3003/02), que concede incentivo para a manutenção da
atividade agropecuária e preservação ambiental no Município e introduz
correções no cadastro imobiliário do Imposto Predial e Territorial Urbano –
IPTU. O Vereador Luiz Braz referiu-se à votação dos Projetos de Lei do Executivo
que estabelecem o Orçamento do Município de Porto Alegre para o ano dois mil e
três, reportando-se à existência de propostas em tramitação neste Legislativo,
as quais alteram a política tributária do Município e analisando a influência
que essas propostas, se aprovadas, acarretarão para a execução do Orçamento
Municipal para o ano vindouro, especialmente no que tange à arrecadação do
Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo n°s 223, 204 e
220/02, os dois últimos discutidos pelo Vereador João Carlos Nedel; em 2ª Sessão,
os Projetos de Lei do Legislativo n°s 211, 225 e 224/02, este discutido pelo
Vereador Zé Valdir; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo n°s 216 e
219/02, o Projeto de Lei do Executivo n° 076/02, discutido pelos Vereadores
João Antonio Dib e Adeli Sell. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Juarez Pinheiro
analisou o processo de votação dos Projetos de Lei do Executivo pertinentes ao
Orçamento do Município para o ano de dois mil e três. Também, manifestou-se
acerca da apreciação do Projeto de Lei Complementar do Executivo n° 004/02
(Processo nº 3003/02), que dispõe sobre incentivos para manutenção das
atividades agropecuárias no Município e introduz correções no cadastro imobiliário
do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU. O Vereador Luiz Braz, reportando-se
ao pronunciamento efetuado pelo Vereador Juarez Pinheiro, acerca do Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 004/02, procedeu à leitura de dispositivos
legais que versam sobre a isenção de impostos para pequenas glebas rurais dos
Municípios. Nesse sentido, examinou criticamente as alterações propostas no
referido Projeto, propondo uma análise acurada desse assunto e sugerindo
estudos para a redefinição da área rural de Porto Alegre. O Vereador Paulo Brum
registrou o transcurso, amanhã, do Dia Internacional de Luta das Pessoas
Portadoras de Deficiência, ressaltando ser essa data um marco fundamental no
processo de conscientização dessa comunidade em defesa da cidadania. Também,
divulgou a realização da Primeira Olimpíada de Surdos do MERCOSUL, que ocorrerá
do dia oito ao dia quatorze de dezembro do corrente, em Porto Alegre e convidou
a todos para participarem de evento natalino organizado pela Unidade de Ensino
Especial Concórdia. O Vereador Dr. Goulart chamou a atenção da Bancada do
Partido dos Trabalhadores, com assento neste Legislativo, no que se refere à
política administrativa do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, especialmente
no que tange à admissão de servidores para o quadro funcional dessa entidade.
Em relação ao assunto, teceu considerações sobre a importância da manutenção do
Regime de Dedicação Exclusiva - RDE, no intuito de preservar a qualidade dos
serviços prestados pela instituição. O Vereador Raul Carrion justificou os
motivos que o levaram a retirar de tramitação Requerimento solicitando
autorização para representar esta Casa na IV Conferência das Cidades, que ocorrerá
do dia três ao dia cinco de dezembro do corrente, em Brasília - DF. Também,
explanou sobre a relevância do Projeto de Lei do Legislativo nº 177/02, que dispõe
sobre a abertura e horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais aos
domingos no Município, discorrendo sobre a necessidade de uma solução
consensual sobre o tema. O Vereador Elói Guimarães manifestou-se acerca das
cento e onze Ações Diretas de Inconstitucionalidade, ajuizadas pelo Partido dos
Trabalhadores desde mil novecentos e noventa e cinco. Relativamente ao assunto,
avaliou os prováveis efeitos decorrentes dessas medidas judiciais sobre o
mandato do Senhor Luiz Inácio Lula da Silva como Presidente da República e
considerou necessária a retirada dessas ações para o bom andamento do próximo
Governo Federal. A Vereadora Clênia Maranhão referiu-se ao transcurso, ontem,
do Dia Mundial de Luta contra a AIDS, chamando a atenção para a importância
dessa data e enaltecendo as políticas de prevenção e combate a essa doença
praticadas pelas diversas esferas governamentais brasileiras. Também, teceu
considerações sobre a mudança de perfil dos portadores do vírus da AIDS,
apontando a crescente incidência dessa epidemia entre as mulheres jovens. A
seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em
Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº
061/02, o Projeto de Lei do Executivo n° 043/02 e os Projetos de Lei do
Legislativo n°s 143, 147, 149, 151, 152, 162, 166, 168, 171, 096 e 103/02. Em
Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo
n° 179/02, por vinte e sete votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell,
Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá
Carpes, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Ervino Besson, Estilac
Xavier, Fernando Záchia, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Nereu D'Avila,
Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon,
Valdir Caetano e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado
o Projeto de Lei do Legislativo n° 186/02, por vinte e quatro votos SIM, tendo
votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia,
Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Estilac Xavier, Fernando Záchia, João Antonio Dib, João Bosco
Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria
Celeste, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Sofia
Cavedon, Valdir Caetano e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n° 188/02, por vinte e cinco votos
SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch,
Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Dr.
Goulart, Elói Guimarães, Ervino Besson, Estilac Xavier, Fernando Záchia, João
Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz,
Marcelo Danéris, Maria Celeste, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo
Pujol, Sofia Cavedon, Valdir Caetano e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação
Nominal, foi aprovado o Projeto de Resolução n° 107/02, por vinte e cinco votos
SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Alberto
Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Ervino
Besson, Estilac Xavier, Fernando Záchia, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Nereu
D'Avila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Sofia
Cavedon, Valdir Caetano e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi
aprovado o Projeto de Resolução n° 110/02, por vinte e cinco votos SIM, tendo
votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto
Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Fernando Záchia, João Antonio Dib, João Bosco Vaz,
João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste,
Nereu D'Avila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon,
Valdir Caetano e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Resolução n° 108/02. Os trabalhos estiveram suspensos das dezessete
horas às dezessete horas e um minuto e das dezessete horas e dois minutos às
dezessete horas e três minutos, nos termos regimentais. Em prosseguimento, foi
aprovado Requerimento verbal do Vereador João Carlos Nedel, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Ainda,
foram apregoadas as Emendas n°s 01 e 02, de autoria do Vereador Marcelo
Danéris, Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 203/00
(Processo nº 3049/00). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Lei do Executivo n° 057/02, por vinte e três votos SIM, em votação nominal
solicitada pelo Vereador Carlos Alberto Garcia, tendo votado os Vereadores
Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Clênia
Maranhão, Elói Guimarães, Ervino Besson, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris,
Maria Celeste, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol,
Sofia Cavedon, Valdir Caetano e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n° 203/00, com ressalva das Emendas a
ele apostas, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Luiz Braz, João
Antonio Dib e Juarez Pinheiro. Foram aprovadas as Emendas n°s 01 e 02, apostas
ao Projeto de Lei do Legislativo n° 203/00. Na ocasião, face manifestações dos
Vereadores Juarez Pinheiro e Luiz Braz, o Senhor Presidente prestou informações
sobre a votação do Projeto de Lei do Legislativo nº 203/00 e o Vereador Estilac
Xavier registrou a intenção de Sua Excelência em abster-se na votação dessa
matéria, tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos sobre o assunto. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo n°
072/02, após ser encaminhado à votação pelo Vereador João Antonio Dib. Em
Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo n° 028/01, o
qual foi discutido pelos Vereadores Luiz Braz, Reginaldo Pujol, Pedro Américo
Leal, Raul Carrion, João Antonio Dib, Maria Celeste e Adeli Sell. Durante a
apreciação do Projeto de Lei do Legislativo nº 028/01, os Vereadores João Bosco
Vaz e Juarez Pinheiro cederam seus tempos de discussão, respectivamente, aos
Vereadores Luiz Braz e Maria Celeste. Também, foi apregoado Requerimento de
autoria da Vereadora Maria Celeste, solicitando que as Emendas nºs 03, 04, 05,
06, 07 e 08, apostas ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 028/00 (Processo
nº 0927/01), fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes.
Ainda, face Questão de Ordem formulada pelo Vereador Juarez Pinheiro, o Senhor
Presidente prestou esclarecimentos acerca da tramitação do Projeto de Lei do
Legislativo nº 028/01. Às dezoito horas e vinte e um minutos, constatada a
inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo Vereador Luiz Braz, o
Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores
Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental.
Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Carlos Alberto Garcia, Reginaldo
Pujol, Paulo Brum e Aldacir Oliboni e secretariados pelos Vereadores Paulo Brum
e Aldacir Oliboni. Do que eu, Paulo Brum, 2º Secretário, determinei fosse
lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada
pelos Senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR. ERVINO BESSON (Requerimento): Sr. Presidente, solicito seja feito um
minuto de silêncio em nome de duas grandes perdas que tivemos nos últimos dias.
Em primeiro lugar pela perda trágica do jogador Mahicon Librelato, que
consternou a todos, pois ele era a alegria da criançada no Internacional; a
segunda perda foi a de Marione Teresinha Meneghetti, que perdeu a vida de uma
forma brutal, praticamente no dia do seu aniversário. Uma família muito
conhecida, muito ligada principalmente à comunidade da Zona Sul de Porto Alegre
pelo trabalho do seu esposo como contador e pelo seu envolvimento junto às
comunidades religiosas. Este é o nosso pedido.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Deferimos o pedido.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
Passamos à
O Sr. Jair Krischke,
representando o Movimento de Justiça e Direitos Humanos, está com a palavra para
tratar de assunto relativo ao 19.º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, pelo
tempo regimental de dez minutos.
O SR. JAIR KRISCHKE: Ex.mº Sr. Vereador Carlos
Alberto Garcia, Presidente desta Sessão, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, o
Movimento de Justiça e Direitos Humanos vem a esta Casa para, mais uma vez,
tratar não só do tema 19º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, mas também
querendo marcar para o próximo dia 10 de dezembro o 54.º aniversário da
Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Com
este Prêmio, Sr.ªs e Srs. Vereadores, nós, em conjunto com a Ordem
dos Advogados do Brasil, Seção Rio Grande do Sul e com a Associação dos
Repórteres Fotográficos e Cinematográficos deste Estado, queremos sempre
prestar uma homenagem àqueles jornalistas do nosso Estado, nas mais diversas
modalidades, seja no jornalismo impresso, do rádio, da televisão, imagem de
televisão, fotografia, charge e agora, nesses últimos tempos, nós também
estamos premiando essa nova forma de jornalismo, que é o jornalismo feito por
intermédio da Internet. Seguramente, uma das formas que, no futuro, será das
mais importantes na circulação da informação e na democratização dessa
informação.
Também
criamos o Prêmio na categoria Acadêmico, por quê? Porque os veteranos
jornalistas do nosso Estado, aqueles que estiveram combatendo a ditadura
militar, já por questão de idade, saindo das redações, estão-se aposentando,
nós decidimos atrair os nossos jovens acadêmicos, que estão lá nos bancos das
nossas Faculdades de Jornalismo, para que eles também se sensibilizem com esse
tema.
Queremos,
quando prestamos essa homenagem, observar dois aspectos: um, é a denúncia à
violação aos direitos humanos e o outro aspecto é a criação de uma consciência
coletiva, porque isso é fundamental. Os direitos humanos só serão respeitados,
definitivamente, quando houver uma consciência coletiva, quando todos
entendermos que, quando um homem tem os seus direitos violados, toda a
humanidade foi violada. E neste ano, no 19.º Prêmio, nós trouxemos como tema
(Mostra o cartaz.) a “Eclosão do Submundo”.
Nós
estamos vivendo, hoje, em nosso País, um momento muito dramático. Parece que
nós estamos vivendo um momento em que há uma paralisia cultural, intelectual e
o entorpecimento moral.
Nós
passamos a aceitar calados que fatos gravíssimos ocorram, sem que a comunidade
se levante, em altos brados, protestando contra isso.
Este
ano, no nosso cartaz há a forma de uma figura humana com manchetes de jornais
do assassinato do Jornalista Tim Lopes, no Rio de Janeiro. Morreu exercendo a
sua nobre profissão de jornalista, investigando o tráfico de drogas. E o nosso
cartaz exprime a questão do tráfico de drogas, em que têm influências também os
crimes de colarinho branco; a questão da jogatina, que está aí dissimulada em
toda nossa Cidade. Aqui, por exemplo, no Centro de Porto Alegre, não andamos
meia quadra sem nos depararmos com casas de jogos. Mas não sou eu quem digo, lá
no Supremo Tribunal Federal já está correndo uma ação que sinaliza para a
“lavagem de dinheiro” por meio desse expediente.
Por
isso, nós queremos prestar esta homenagem aos jornalistas, que, ultimamente,
têm dado a vida para informar a sociedade, que – volto a insistir – parece
estar entorpecida moralmente.
No
nosso Estado, além de tudo isso, nós nos deparamos com uma outra situação.
Tivemos vários e vários jornalistas perseguidos. Eu digo aos senhores que uma
das mais importantes organizações de jornalistas, a Jornalista sem Fronteiras,
com sede em Paris, no seu informe relativo a 2002, diz assim: (Lê.) “Mesmo que
a imprensa nacional brasileira pareça livre para publicar o que queira, a
imprensa local trabalha, todavia, sob a ameaça de violência e uma legislação
que continua dificultando esse exercício. Especialmente nos Estados da Bahia e
do Rio Grande do Sul, a liberdade de imprensa padece problemas delicados.”
Esta
(mostra o livro) é uma publicação da organização “Periodistas”, uma outra
organização que tem sede em Buenos Aires e no Canadá. E este é o relatório
“Ataques a La Prensa”, onde dedica um vasto capítulo ao que aqui ocorre no Rio
Grande do Sul.
E
nós aqui estamos também para convidar, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, os
nossos Vereadores para que, no dia 10 de dezembro, às 20h, no auditório da
Ordem dos Advogados do Brasil, também se façam presentes. E lá, junto conosco,
também participem deste ato de homenagem aos nossos jornalistas, que serão
distinguidos com troféus e com diplomas.
Eu
acho que alguns Vereadores já participaram desses nossos atos de premiação e
devem lembrar que é um momento muito especial, que é um momento de
fraternidade, que é um momento de convívio muito bom e que, geralmente, os
nossos jornalistas dizem que este é o “Oscar” dos jornalistas do Rio Grande do
Sul. O nosso prêmio não envolve nenhum dinheiro; é uma medalha, um troféu, um
diploma, só.
E
eu não poderia finalizar, Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs.
Vereadores, sem registrar algo que nos estarreceu, que foi ter visto, no Diário
Oficial de Porto Alegre, capa, segunda-feira, 18 de novembro, subtítulo:
“Direitos Humanos - Prefeitura inclui dados de raça e etnia em seus cadastros”.
Aqui está publicada a regulamentação. E a regulamentação ultrapassa a própria
Lei aqui aprovada. Nós já protestamos várias vezes por entender que, em
primeiro lugar, é inconstitucional. A Constituição Brasileira, lá nos
Princípios e Fundamentos, no art. 3.º, diz o seguinte: (Lê.) “Constituem
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 4.º - Promover o bem
de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.” Diz a Constituição Brasileira que “todo o brasileiro
é igual perante a lei”. E esse Decreto diz que se fundamenta também na
Declaração Universal dos Direitos do Homem que, no seu art. 1.º, diz claramente
o seguinte: (Lê.) “Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e
direitos e são dotados de razão, consciência e devem agir, em relação uns aos
outros, com espírito de fraternidade.” Diz o art. 2.º (Lê.) “Todo o homem tem
capacidade para gozar os direitos, as liberdades oferecidas nesta Declaração,
sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião,
opinião política ou de qualquer outra natureza; origem nacional, social,
riqueza, nascimento ou qualquer outra condição. Portanto, na verdade, uma lei
que quer catalogar raças e etnias viola a Constituição deste País e viola a
Declaração Universal dos Direitos Humanos. E ainda mais: o regulamento ampliou
o que a Lei previa. Quando a Lei prevê o alto reconhecimento, o regulamento diz
que aquele que se negar terá lançado pelo funcionário a sua condição de raça e
etnia.
Quero
aqui, ao agradecer, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, deixar novamente o nosso
protesto: nós não podemos conviver com algo tão violento, que nos lembra aquele
trágico momento do nazi-fascismo no mundo. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Convidamos o Sr. Jair Krischke para
fazer parte da Mesa. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Carlos
Alberto Garcia, colegas Vereadores, colegas Vereadoras, muito especialmente um
abraço muito afetivo ao Dr. Jair Krischke, que é uma legenda viva da luta pelos
Direitos Humanos no nosso País, e eu diria não só no nosso País, mas
especialmente aqui no Cone Sul. O senhor abordou duas questões de extrema
importância. Dr. Jair Krischke, o Prêmio de Direitos Humanos, liderado pelo
Movimento de Justiça e Direitos Humanos, hoje, é o mais importante do País,
porque nós, que temos a Ordem dos Advogados, que sempre tem sido parceira,
inclusive na entrega dessas representações todos os anos - portanto, muitas
vezes tem participado junto com V. Ex.ª -, gostaríamos de dizer que premiar o
trabalho do jornalista que resgata no dia-a-dia os direitos humanos é um papel
muito importante. De outro lado, V. Ex.ª também levanta uma questão muito
importante que é a questão da Legislação vigente hoje aqui, uma Lei de autoria
da Ver.ª Helena Bonumá. Agora esse Decreto regulamenta essa Lei. V. Ex.ª tem
conhecimento, inclusive já lhe forneci uma cópia, nós temos um Projeto de Lei
que visa, que busca revogar essa legislação, que se encontra hoje em Pauta para
votação.
Portanto,
a sua manifestação vem reforçar as nossas convicções de que essa legislação,
hoje vigente, é inoportuna e que, evidentemente, precisa ser revogada.
Para
tanto, em nome da nossa Bancada do PMDB, em meu nome pessoal, do Ver. Fernando
Záchia, quero cumprimentar mais uma vez o senhor, que tantas vezes usou e ainda
usará a tribuna da Câmara de Vereadores, este instrumento facultado às
entidades, para tratar sempre de temas relevantes à cidadania brasileira.
Aceite os nossos cumprimentos por mais um ano de luta do Movimento e, com
certeza, nós estaremos lá na entrega do Prêmio, momento esse em que se afirmam
a cidadania e os direitos humanos no Estado do Rio Grande do Sul. Muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): A Ver.ª Clênia Maranhão está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sr.ªs
Vereadoras e Srs. Vereadores, queremos, em nome da nossa Bancada, o PPS, saudar
mais uma vez, nesta Casa, o Dr. Jair Krischke, pela sua presença, que tem dado
uma enorme contribuição a este Parlamento, quer seja através da sua atuação
junto à Comissão Técnica de Direitos Humanos da Casa ou trazendo ao Plenário,
ao conjunto das Bancadas, o posicionamento, as conquistas, as lutas,
fundamentalmente as reivindicações daqueles que têm os seus direitos humanos
atingidos no nosso País.
Quero,
mais uma vez, parabenizar o Movimento de Justiça e Direitos Humanos pela
realização do 19.º Prêmio de Direitos Humanos e Jornalismo.
Aproveito
também a oportunidade para dizer às Sr.ªs Vereadoras e aos Srs.
Vereadores que tive a oportunidade, em anos anteriores, de estar presente na
entrega desse Prêmio. É um dos momentos mais emocionantes das atividades de
prestações de contas, de reconhecimento e de certificação que a cidade de Porto
Alegre tem, porque é o reconhecimento de um trabalho dos profissionais de
jornalismo, que desafiam as situações mais adversas para trazer aos leitores, à
sociedade, uma realidade que muitas vezes as próprias empresas de jornalismo
não fazem questão de priorizar em suas pautas jornalísticas.
Acredito
que, em um momento como este, em que a humanidade vê crescer toda uma situação
de perda de direitos, de terrorismo, de militarismo e que aqui também, em nossa
sociedade, a discussão sobre direitos civis e direitos de liberdade de imprensa
estão na pauta do dia, a atuação do Movimento dos Direitos Humanos cumpre um
papel ainda mais significativo do que cumpriria em outra circunstância
política.
Parabenizo
V. S.ª e todo o Movimento de Direitos Humanos, pois esse Prêmio tem um grande significado
para aqueles que lutam pela garantia dos direitos humanos em Porto Alegre.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver.
Carlos Alberto Garcia; Sr. Jair Krischke, do Movimento de Justiça e Direitos
Humanos, quero, em nome do Partido Trabalhista Brasileiro, saudá-lo mais uma
vez aqui nesta Casa e também dizer da gratificação que nos dá vê-lo sempre
lutando contra esses resquícios de opressão, principalmente sobre o cidadão. A
Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro vem felicitá-lo, e, ao mesmo tempo,
desejar que esse 19.º Prêmio de Direitos Humanos do Jornalismo venha realmente
fazer com que o jornalismo seja permanentemente fiscalizador dessa opressão.
Isso incentiva a nossa sociedade a fiscalizar esses atos de opressão. Portanto,
queira receber isso do nosso Partido, em meu nome e em nome do Ver. Elói
Guimarães. Estamos sempre abertos. Somos da Comissão de Direitos Humanos e
Defesa do Consumidor, e, portanto, esta Casa tem dado boas contribuições.
Reconhecemos
na sua pessoa o seu trabalho magnífico no objetivo de defender contra essa
opressão e também no sentido da divulgação, porque, muitas vezes, as pessoas
não sabem que o senhor é uma pessoa de vanguarda nessa luta contra a opressão
no nosso País. Muito obrigado, mais uma vez, pela presença. Estamos à
disposição.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Caro Presidente; caríssimo Jair
Krischke, Presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, nós dois nos
entendemos bem. Eu sou favorável aos deveres humanos e não abro mão deles. Mas
eu gostaria de, um dia, sentar com o paladino da luta pelos direitos humanos no
Rio Grande do Sul para que ele me explicasse por que não se fala, na Declaração
dos Direitos e Deveres do Homem, que é a declaração americana, fruto da
Organização dos Estados Americanos, feita no mesmo momento da Declaração
Universal dos Direitos Humanos, porque aquela fala dos direitos e deveres. Sem
dever não há direito. A saúde é dever do Estado e direito de todos, e nós
olhamos nos ambulatórios, nos consultórios médicos, e vemos dezenas de pessoas
sem atendimento. Alguém não está cumprindo o seu dever. E a Declaração
Americana dos Direitos e Deveres do Homem diz, no seu início: (Lê.) “Todos os
homens nascem livres e iguais em dignidade e em direitos, e, como são dotados,
pela natureza, de razão e consciência, devem proceder fraternalmente uns para
com os outros.” E segue: (Lê.) “O cumprimento do dever de cada um é exigência
do direito de todos. Direitos e deveres integram-se correlativamente em toda
atividade social e política do homem; se os direitos exaltam a liberdade
individual, os deveres exprimem a dignidade dessa liberdade.” Adiante, diz
mais, declara deveres e direitos em todas as situações. (Lê.) “É visto que a
moral e as boas maneiras constituem a mais nobre manifestação da cultura, é
dever de todo homem acatar-lhe os princípios.” E aí segue, direitos e deveres.
Porque na Declaração Universal dos Direitos Humanos não se diz quem vai
assegurar o direito de quem tem, apenas diz que tem direito; e o salário mínimo
tem que dar para sustentar quatro pessoas com casa, comida, educação, inclusive
lazer. Na verdade sabemos que não sustenta uma só pessoa. Porque alguém
escreveu que eu tinha esse direito. Eu quero saber quem me assegura isso. Prefiro
que todos cumpram o seu dever, porque aí ninguém há de precisar reclamar os
seus direitos. Mas, se o amigo não tem isso que li, faço questão de entregar
uma cópia da Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem, feita, em
1948, por dezessete países americanos. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
O Ver. Ervino Besson
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Sr.ªs
Vereadoras e Srs. Vereadores, meu caro amigo Dr. Jair Krischke, Presidente do
Movimento de Justiça e Direitos Humanos. Hoje, esse Movimento concedeu o 19.º
Prêmio de Direitos Humanos ao nosso jornalismo. O nosso jornalismo, hoje,
consegue chamar a atenção das instituições sobre o malefício da droga. V. S.ª
colocou muito bem o que aconteceu, e está acontecendo, hoje: filhos matando o
pai, mãe, avós, irmãos, como aconteceu aquele fato lamentável, que chamou a
atenção não só no Brasil, mas no mundo inteiro, o assassinato do Tim Lopes, e a
sua manifestação, meu caro Dr. Jair Krischke, traz mais um alerta a esta Casa.
V. S.ª seguidamente chega a esta Casa sempre trazendo, nas suas manifestações,
um alerta para todos os Vereadores e Vereadoras. Portanto, em nome da Bancada
do PDT, queremos saudá-lo e pedir a Deus que lhe dê vida longa, muita saúde
para V. S.ª e sua equipe, para que consigam sempre fazer esse trabalho tão
digno para a nossa humanidade, chamando a atenção para aquilo que V. S.ª pensa
como homem preparado, grande conhecedor do fato que acontece na nossa
humanidade. Portanto, o nosso abraço e muita saúde ao senhor e a toda a sua
equipe, por esse exemplo de trabalho, belíssimo trabalho. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
O Ver. Adeli Sell está
com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ADELI SELL: Meu caro Presidente, Ver. Carlos Alberto
Garcia, meu caro Jair Krischke, Presidente do Movimento de Justiça e Direitos
Humanos do Rio Grande do Sul, a nossa Bancada, a do Partido dos Trabalhadores
reconhece a importância desse Prêmio. Temos destacado, em todos os momentos da
nossa trajetória, a importância da defesa dos direitos humanos. Sabemos que
essa é uma questão que, apesar de toda a evolução que houve nos últimos anos,
tanto aqui quanto no País e além-fronteiras, nós ainda temos vários problemas
de desrespeito aos direitos humanos, e nós temos de trabalhar no sentido de
juntar todas as entidades, todos os movimentos junto ao Poder Público e todas
as pessoas de bem para fazer a sua defesa e lutar intransigentemente.
Quanto
à questão apontada no Diário Oficial do nosso Município, o senhor é advogado e
tem acesso aos advogados e se achar conveniente, como foi apontado, existe a
possibilidade de uma ação direta de inconstitucionalidade, até porque eu já
ouvi, dentro desta Casa - essa Lei é fruto desta Casa -, que há muitas
controvérsias sobre o que acabou de ser dito. Portanto, se há diferenças e se
há controvérsias, que o Poder Judiciário se manifeste. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Queremos, Dr. Jair
Krischke, mais uma vez, em nome da Casa, agradecer a V. S.ª pela presença, e
colocar esta Casa sempre à disposição. Como o senhor sabe, aqui é a Casa do
Povo, é a Casa onde participam todas as bancadas, e hoje as Bancadas presentes
emitiram as suas opiniões.
É
importante que a cada ano se resgate o Prêmio de Direitos Humanos de
Jornalismo, em especial neste ano, que foi um ano marcante, porque um
jornalista de uma das maiores emissoras do nosso País perdeu a sua vida
justamente fazendo uma investigação. Então, é importante que, neste momento, os
Direitos Humanos venham a esta Casa manifestar a sua importância e, ao mesmo
tempo, convidar os Vereadores para participarem desse Prêmio, que é um Prêmio
não especificamente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, não da OAB, mas
antes de tudo é um Prêmio da cidadania e do resgate pela liberdade de
imprensa.Vamos suspender os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h48min.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia –
às 14h49min): Estão
reabertos os trabalhos.
Queremos
apregoar Requerimento de autoria deste Vereador, que inclui na Ordem do Dia,
por força do art. 81 da LOM, a outorga do Título Honorífico de Líder
Comunitário ao Sr. Joaquim Amaral, PR n.º 109/02.
Passamos
às
O
Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra, em Comunicações, por transposição de
tempo do Ver. Reginaldo Pujol.
O SR. ALDACIR OLIBONI: Sr. Presidente dos trabalhos Carlos
Alberto Garcia, Srs. Vereadores, Sr.ªs Vereadoras, público que nos
assiste pelo canal 16, queria lembrar no dia de hoje que, ontem, dia 1.º de
dezembro foi instituído o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Esse dia foi
levantado pela Organização Mundial de Saúde, desde 1988, no sentido de
conscientizar a população para a prevenção e o controle dessa epidemia.
É
importante lembrarmos que inúmeras outras iniciativas aconteceram e acontecem
em todo o País, em todos os Estados, em todas as cidades, como aconteceu, aqui,
recentemente, também, por uma iniciativa do nosso Ver. Marcelo Danéris, que
instituiu o Memorial 1.º de Dezembro de Luta contra a AIDS. Nós observamos no
domingo que inúmeras entidades andavam, em todos os lugares pela Cidade,
dizendo não só o que é a AIDS, mas falando sobre os cuidados que a população
deve ter para não contrair o vírus. E o que é a AIDS?
A
AIDS é causada por um vírus chamado HIV. A pessoa pode estar contaminada e não
apresentar nada, mesmo assim pode transmitir o vírus. A doença ocorre devido ao
enfraquecimento do sistema de defesa do organismo causado pelo HIV; a partir
daí surgem várias doenças oportunistas que podem aparecer individualmente ou
apresentar-se ao mesmo tempo. É importante lembrarmos que em todo mundo há mais
de quarenta e dois milhões de pessoas hoje já contaminadas, e no Brasil já
ultrapassam quatrocentas mil, segundo a UNESCO, e, segundo o Ministério da
Saúde, já ultrapassam seiscentas mil, sendo que aqui em Porto Alegre nós já
temos mais de dez mil pessoas contaminadas pelo vírus, e mais de oito mil já
utilizam a medicação oferecida pela Secretaria Municipal de Saúde.
É
importante lembrarmos que a cada ano acontecem mais de oitocentos casos de
contaminação. E esta contaminação atinge mais os jovens de vinte e quatro a
trinta anos. É importante lembrarmos que esses jovens são também de classe
média para baixa; é exatamente aí onde as pessoas não se preocupam com a
prevenção e, mais do que isso, acham que com elas nunca vai acontecer.
Nós
aqui no Município de Porto Alegre temos uma orientação da Secretaria Municipal
da Saúde, através do órgão que cuida da prevenção e também do controle. É
importante que todas as pessoas saibam onde fica e qual é o telefone, porque
qualquer pessoa que imagine ser portadora pode se dirigir a esse local e fazer
o teste para verificar de fato se é portadora do vírus. Esse local fica na Rua
Professor Manoel Lobato, n.º 151, e o telefone é: 32317177, Serviço de
Assistência Especializada da Secretaria Municipal da Saúde. É importante que
todos os que, porventura, possam ter dificuldades de entender como vai ser
feito o exame saibam que esse exame tem sigilo absoluto. Todas as pessoas, a
partir desse momento, se por acaso portarem o vírus, não só terão o coquetel
garantido, como também terão o acompanhamento dessa doença até, quem sabe,
poder eliminá-la.
É
bom lembrar que lá em 1983 nós tínhamos um caso e hoje nós já temos mais de dez
mil casos em Porto Alegre. É importante que todos nós possamos, também, não só
conscientizar a população, como também demonstrar que essa atitude é louvável,
porque, a cada gesto que nós fazemos para poder eliminar essa epidemia, estamos
ajudando o Poder Público como também as pessoas a ter uma melhor qualidade de
vida, fazendo a prevenção e adquirindo o coquetel.
Na
certeza de que nós estamos contribuindo e melhorando, como também, reduzindo os
casos de AIDS em Porto Alegre, no Estado e no mundo, nós queremos aqui dizer
que foi importante esse dia de ontem para fazer com que todos nós fiquemos
conscientes e trabalhemos para a redução dessa epidemia. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Garcia): O Ver. Ervino Besson está com a palavra,
pelo tempo que lhe cede o Ver. Sebastião Melo, em Comunicações.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sr.ªs
Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e, também, as
pessoas que nos assistem pela TV Câmara, eu quero saudar todos.
Primeiramente,
quero agradecer ao nosso colega desta Casa, o Ver. Sebastião Melo, que me cedeu
o seu tempo para que eu me pronunciasse no dia de hoje aqui nesta tribuna.
Gostaria
de falar, em primeiro lugar, sobre um Projeto de autoria do Ver. Almerindo
Filho, que está em primeira sessão de Pauta, que dispõe sobre a reserva de
habitações populares a idosos carentes. Eu vejo como uma iniciativa
extremamente louvável do Ver. Almerindo Filho, porque nós sabemos e temos
conhecimento, toda a Casa é sabedora disso, porque nós somos procurados
seguidamente nos gabinetes por pessoas idosas, por pessoas carentes, que estão
aí, depois de uma longa trajetória de vida, tendo dado o vigor da sua
juventude, sem terem pelo menos uma moradia para morar nos seus últimos dias de
vida, ou ter um local adequado para que possam ter uma maior tranqüilidade na
sua velhice. Como já disse, Vereador, achamos este Projeto bastante
interessante e de grande alcance social.
O
segundo Projeto é de autoria deste Vereador. Um Projeto simples, mas que vem
depois de um estudo feito, inclusive consultando algumas entidades, e que visa
a dar mais segurança para os nossos estudantes. O que é o Projeto? É
simplesmente para suprimir o endereço das carteiras de passagem escolar do
aluno. Porque em qualquer documento não consta o endereço das pessoas. Agora, um
jovem, lamentavelmente, está sujeito à insegurança. A insegurança, hoje,
campeia nos quatro cantos do nosso Estado e do nosso Brasil afora, e os nossos
estudantes seguidamente são assaltados, levam seus documentos, os seus
pertences, e na sua carteira escolar, em cima, está o seu endereço; e o próprio
assaltante vai ter acesso à moradia, meu caro Ver. Pedro Américo Leal, desses
estudantes, que ficam expostos.
Portanto,
por que colocar endereço nas carteiras dos nossos estudantes? Então, retirando.
Aquela
pessoa, aquele familiar que exige, pois, de repente, o estudante pode se
perder, que então coloquem o endereço nas suas carteiras de estudantes. Mas, a
nosso ver, muito poucas pessoas, muito poucas famílias, vão querer que seus
filhos, seus familiares, coloquem o endereço nas suas carteiras de estudante.
Sabemos que a insegurança, hoje, é alarmante nesta Cidade. Acontecem
diariamente assaltos, com morte, estupros, residências invadidas. Então eu acho
que a prevenção nunca é demais. Acho que a retirada do endereço contribui nesse
sentido. Nós vamos discutir este Projeto aqui nesta Casa. Este é um Projeto
simples, os Vereadores vão ter a oportunidade de consultar o segmento de
pessoas que têm esse convívio junto com seus familiares, com seus amigos, com
os estudantes, com as escolas. Ouçam e peçam a opinião para trazer a esta Casa
uma ampla discussão a respeito deste Projeto. Como já disse, Sr. Presidente, é
um Projeto simples, mas no nosso ver é um Projeto que vai trazer mais segurança
para os nossos estudantes, e, claro, aos familiares desses estudantes. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
O Ver. Carlos Pestana
está com a palavra, por cedência de tempo da Ver.ª Sofia Cavedon, em
Comunicações.
O SR. CARLOS PESTANA: Ver. Carlos Alberto Garcia, que está
presidindo os trabalhos nesta Casa, telespectadores que assistem o canal 16
aqui. Vou aproveitar esta oportunidade que me foi dada pela Ver.ª Sofia Cavedon
para relatar, aqui, informar uma iniciativa que a Comissão de Direitos Humanos
e Defesa do Consumidor vem tomando, Comissão essa que tem a participação da
Ver.ª Clênia Maranhão e do Ver. Cassiá Carpes, além do Ver. Almerindo Filho,
que é uma proposta de um acordo coletivo dos consumidores, através de suas
entidades, com a AGAS, no sentido de estabilizar os preços, pelo menos os
preços da cesta básica, por um período de noventa a cento e vinte dias. Essa
experiência, que surgiu através de um debate promovido na Comissão de Defesa do
Consumidor, a partir do relato de um dos debatedores, foi incorporada pela
Comissão e vai ser proposta para a AGAS, provavelmente na sexta-feira, quando
essa reunião deverá acontecer. Essa proposta de um acordo coletivo, que nada tem que ver com aquela experiência ocorrida no Governo Sarney, de
congelamento, mas é um esforço de convencimento, de repactuação de alguns
preços, fundamentalmente os preços de cesta básica, para que tenhamos condições
de barrar essa espiral inflacionária, pelo menos, volto a dizer, com relação aos
preços referentes à cesta básica.
Então,
essa é uma proposta que surgiu em Minas, que teve um relativo êxito, e nós
queremos transferir essa experiência para Porto Alegre. Essa reunião vai-se
realizar na sexta-feira. Nós já tivemos oportunidade de fazer esse debate com o
Fórum de Defesa do Consumidor; a receptividade foi muito grande. Tivemos também
a presença da Defensoria Pública, que também simpatizou com a proposta. Então,
estamos, através dessa Comissão, tentando viabilizar esse acordo coletivo. Acho
que a preocupação de todos nós que estamos observando pelos jornais e pela
grande imprensa constantes aumentos de preço neste último período, inclusive,
se não me engano, a própria revista Veja já trabalha com aquela figura temida
da volta do dragão da inflação, acho que esse é um pequeno esforço que, no
âmbito municipal, essa Comissão, para além do debate, para além da denúncia,
está-se colocando como um desafio de construir, ou seja, uma iniciativa clara,
uma iniciativa que visa a estabelecer que os preços da cesta básica se
mantenham estáveis por um determinado período. Obviamente, estamos na
expectativa de que a AGAS, que representa o conjunto dos supermercados, tenha
essa compreensão de também dar a sua participação nessa luta contra a inflação,
contra a retomada da alta dos preços.
Nós
deixamos este convite aqui para o conjunto dos Vereadores. Na sexta-feira
deveremos tratar desse debate, proporemos esse acordo entre as entidades que
representam o consumidor e a AGAS, sobre a possibilidade de viabilizar esse
acordo de manutenção de vários preços da cesta básica por um período de noventa
a cento e vinte dias. Isso certamente seria uma demonstração, seria um exemplo
nessa luta de combate à inflação.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
O Ver. Valdir Caetano
está com a palavra em Comunicações.
O SR. VALDIR CAETANO: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Carlos
Alberto Garcia, Srs. Vereadores, Sr.ªs Vereadoras, pessoas que nos
acompanham pela TV Câmara, eu tenho utilizado esta tribuna diversas vezes para
falar sobre a questão dos “pardais”, e hoje eu me surpreendi quando li uma
notícia no jornal, que diz o seguinte: ”Vigilância com câmeras na área central
é arquivada. Prefeitura da Capital considera o custo da implantação muito
elevado. A vigilância eletrônica no Centro de Porto Alegre, que previa a
instalação de câmeras de vídeo em cinco locais de maior circulação, com o
objetivo de inibir os assaltos e identificar criminosos, foi arquivada pela
Prefeitura.” A instalação dos equipamentos havia sido anunciada em março pelo
então Prefeito Tarso Genro, com previsão de início de funcionamento em maio. Os
equipamentos seriam colocados na Rua Sete de Setembro, na esquina da Rua José
Montauri com a Rua Marechal Floriano, na esquina da Rua dos Andradas com a Rua
Caldas Júnior, no Mercado Público e na Esquina Democrática. O Chefe da
Secretaria do Governo do Município, José Carlos Conceição, informou que o
projeto foi suspenso devido ao alto custo do investimento, 500 mil reais.
Srs.
Vereadores, em Novo Hamburgo, o Prefeito gastou 310 mil reais para colocar
câmeras de vídeo para garantir a segurança em cinqüenta e duas ruas do Centro
da Cidade. Seriam gastos 500 mil reais para colocar câmeras de vídeo para
inibir os assaltos, os batedores de carteira no Centro de Porto Alegre. O
Prefeito arquivou, porque diz que é caro o investimento de 500 mil reais.
Nós
temos instalados, hoje, em Porto Alegre, dezoito lombadas, doze caetanos e vinte e cinco pardais. Pergunto aos Vereadores: quanto
custaram esses equipamentos para a Prefeitura de Porto Alegre? Só que há uma
diferença: esses equipamentos garantem hoje, Ver. Luiz Braz, a terceira maior
arrecadação para o Município, só perdendo para o IPTU e o ISS. Em terceiro, vem
a arrecadação dos pardais. Os pardais não custam muito; quer dizer,
não custam nada para a Prefeitura. Já as câmeras de vídeo, que iriam, sim,
inibir os assaltos no Centro de Porto Alegre, não serão instaladas, porque
custariam 500 mil reais para os cofres da Prefeitura Municipal. Então, estão
instalados, mais uma vez, dois pesos e duas medidas, demonstrando, mais uma
vez, que nós estamos certos quando usamos a tribuna e dizemos que esses
equipamentos não têm o menor objetivo de salvar vidas. O interesse são as
arrecadações. Naquilo que vai ter gasto, não se investe. Então, a vida no
trânsito tem mais valor que a vida do pedestre no Centro de Porto Alegre. Muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
O Ver. Adeli Sell está
com a palavra em Comunicações.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, o Vereador estava, há pouco, colocando a questão das câmeras de
vídeo na Cidade de Porto Alegre. Nós, Ver. Valdir Caetano, fomos quem
inicialmente propusemos um estudo à Brigada Militar sobre a questão da
instalação das câmeras de vídeo na Cidade de Porto Alegre. É importante
ressalvar que esse é um elemento complementar de segurança pública, não é o
único meio capaz de fazer o enfrentamento com os problemas de insegurança no
Centro de Porto Alegre, seja em que lugar for. Mas é um elemento extremamente
importante para fazer esse enfrentamento, e ele já existe na cidade de Novo
Hamburgo. E há um processo de licitação, inclusive, na cidade de Canoas. Agora,
nós precisamos ter claro que, a par da colocação das câmeras de vídeo, é
preciso ter uma Brigada Militar capacitada. E para coibir principalmente os
roubos é preciso ter uma interligação entre o poder local, para combater, por
exemplo, a receptação que há, inclusive, em bancas de camelôs. Para combater
problemas de violência - o sujeito que “bate” a carteira -, tem que haver uma
vinculação muito grande também com as delegacias de polícia. A câmara de vídeo,
ao filmar essa pessoa, pode ser um elemento importante para que o processo seja
colocado adiante, mas ela, por si só, não resolve o nosso problema. Vendeu-se,
muitas vezes, a idéia de que a câmara de vídeo, por si só, resolveria, mas ela
precisa de outros elementos que devem ser trabalhados. Para combater a
violência, a drogadição, primeiro temos que falar das nossas fronteiras. Para
isso espero que o novo Governo, com o ministério da segurança, ou Ministério da
Defesa, como, de fato, se chama, possa fazer um trabalho de salvaguardar a
soberania nacional, não deixando entrar a droga e o armamento, porque, a partir
disso, todo um processo de corrupção e violência se desencadeia na Cidade e no
País.
Outra
questão: o contrabando e a pirataria, que geram, inevitavelmente, corrupção e
violência. Para isso nós temos que ter uma efetiva organização da nossa Receita
Federal, a começar pela divisa com o Paraguai, e, posteriormente, nas entradas
do nosso Estado, o trabalho com a Secretaria da Fazenda do Estado.
Queria
colocar essas questões, Ver. Valdir Caetano, para que nós, sem fazer disso uma
falsa polêmica, possamos trabalhar, porque reconhecemos isso como um elemento
importante de ajuda no combate à violência, mas tendo claro que não podemos
vender a idéia de que elas, por si só, resolverão o problema.
Quero
salientar também, Vereador, que sou autor de uma Lei, que está em vigor - e
vários bancos foram notificados -, sobre a colocação de câmaras de vídeo em
bancos.
Outro
assunto que quero trazer, e que já foi notícia na semana passada - eu estive
hoje pela manhã na Secretaria de Indústria e Comércio -, trata da questão da
venda ilegal de óculos de grau e de sombra na cidade de Porto Alegre, não
apenas nas bancas de camelôs, mas, também, em muitos outros espaços. É proibida
a sua venda, porque são nefastos, porque causam um profundo mal à saúde das
pessoas. Nós temos essa preocupação inicial, além de também a venda ilegal de
óculos de grau e óculos de sombra ser um elemento importante da sonegação dos
tributos.
Por
isso, eu trago à apreciação de todas e todos essas duas questões: a questão
levantada pelo Ver. Valdir Caetano sobre a colocação ou não das câmeras de
vídeo na Cidade e a questão da venda ilegal de óculos de sombra e de grau. Nós
faremos esse enfrentamento; a SMIC está fazendo essa fiscalização, inclusive
será debate amanhã num encontro nacional de óticas que está ocorrendo na cidade
de Porto Alegre. Não é fortuito que esse encontro seja em Porto Alegre, porque
nós temos, inclusive, “vanguardeado” a luta contra a venda ilegal desses
produtos nesta Cidade. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Apregoamos o Requerimento de autoria do
Ver. Fernando Záchia, que requer seja incluído na Ordem do Dia, por força do
art. 81, o PLE n.º 073/02.
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra em Comunicações.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, antes
de mais nada eu quero saudar o Ver. Oliboni, que conduz os trabalhos da Casa
neste momento. Deixa-me muito satisfeito vê-lo na condução da ação legislativa
nesta nossa primeira Sessão do mês de dezembro do corrente ano, início
importante de um período de grandes definições da Casa, na medida em que nós
deveremos, nessas duas semanas, enfrentar seis Sessões em que uma série de
projetos que foram priorizados pelos Vereadores e também pelo próprio Governo,
que elencou cinco Projetos de Lei, terá de ser enfrentada e deliberada pelo
Legislativo. Eu quero confessar, lisamente, seja qual for o Projeto que venha à
discussão e ao debate, que eu me considero preparado para enfrentá-lo. Existem
alguns que se nos apresentam com maior dose de responsabilidade no seu exame e
outros cujo amadurecimento do debate já nos possibilita termos uma posição
definida com relação a sua eventual aprovação. Dentre todos esses Projetos se
destaca, sem sombra de dúvida, aquele que concede incentivo à manutenção da
atividade agropecuária e à preservação ambiental no Município e introduz
correções no cadastro imobiliário do imposto predial e territorial urbano.
Sobre
esse Projeto, Ver. Elói Guimarães, eu tenho profundas preocupações. Ao cumprir
uma determinação da própria Lei que instituiu o Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental, o Projeto acaba criando algumas situações
de verdadeira contradição. Por exemplo - pede-me que dê um exemplo o
inteligente Ver. Juarez Pinheiro -: a maior contradição está no fato de que o
Projeto se diz com o objetivo de estimular a produção agropecuária. Ele cria
uma alíquota especial para as áreas de produção primária e, ao mesmo tempo em que
estabelece um alíquota especial para essas áreas, semelhante àquela que o
antigo ITR faria - 0,03% -, a pretexto de estimular a produção agropecuária,
estabelece que, dentro dessa propriedade, o imóvel, a residência daquele
produtor primário, será tributada de acordo com a tabela que se vincula a ele,
e que no mais dos casos, meus senhores e minhas senhoras, eleva a base de
cálculo do tributo em pelo menos 600%, chegando, em alguns casos, a atingir
5.000%, na medida em que, para aquelas áreas lá de Belém Novo, da Vila Nova, da
Lomba do Pinheiro, do Beco do Cego, da Ilha da Pintada - que entra por outra
razão: por ser ambiental -, se dá uma majoração na base tributária nessa ordem,
confessado esse fato. Na medida em que se diz que essas áreas até hoje têm um
tributo calculado sobre uma base tributária que não chega a um real o metro
quadrado, e se vai à relação proposta e se vê que o menor valor lançado é acima
de 3 reais, chegando a mais de 50 reais, observa-se, com toda a clareza, que,
confessadamente, estamos diante de uma majoração impressionante, o que equivale
ao seguinte – aí a contradição –: de se dar com uma mão e se tirar com as
outras duas mãos. Porque, se vai isentar ou colocar uma tributação a 0,03% numa
área de preservação ambiental ou de produção primária, e ao se colocar a área
da residência sobre a tributação de 0,85% sobre uma base aumentada em tantas
vezes, nós estamos, numa hora, reduzindo bastante e, numa outra, tributando
excessivamente.
Diz-se
que isso é para corrigir injustiças. Eu até discutiria essa correção de
injustiça, se fosse uma discussão com base em algum estudo previamente
elaborado. Não. Aqui o que se busca é lançar essa tabela com esses valores,
estabelecendo o valor do metro quadrado, para efeito de configuração no valor venal
do imóvel, por absoluta osmose, por parentesco geográfico, que foi dito, há
poucos dias, num grupo onde se discutia esse fato. Porque, por exemplo, perto
dali, um terreno foi calculado em tanto, e lança-se aquele valor aqui. Ora,
senhores, a contradição maior é que o Município mesmo é que confessa que se
essas áreas estão mal tributadas, foram por deficiência da própria organização
do Município.
Vamos
admitir, Ver. Oliboni, que há algumas correções a serem feitas. Mas se vem-se
errando há doze anos, não vai ser agora, num dia só, numa tacada única, que
vamos retirar todos esses erros acumulados em doze anos; seria estabelecer
outra forma de injustiça.
Por
isso, eu quero, na discussão dessa matéria, que todos sejam muito cautelosos ao
examiná-la para não darem ao considerável número de contribuintes desta Cidade,
cerca de doze mil contribuintes, essa paulada quase que impossível de ser
absorvida pelas pessoas. E pensem bem, não serão, como alguns dizem, os grandes
proprietários de terra, não, tem gente na Vila Panorâmica, tem gente na Lomba
do Pinheiro, na Vila Mapa, na Batista Flores, na Martins Felisberto, enfim, na
periferia pobre de Porto Alegre. As antigas vilas populares que serão
fortemente tributadas, se nós fizermos essa insensatez de aprovar o art. 4.º
deste Projeto de Lei. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Almerindo Filho está com a palavra
em Comunicações. Ausente. O Ver. Luiz Braz está com a palavra, por cessão de
tempo do Ver. Antonio Hohlfeldt, em Comunicações.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente dos trabalhos, Srs.
Vereadores, Sr.ªs Vereadoras, senhoras, senhores, quando nós votamos
o Orçamento - o qual tem um prazo para ser votado, tem que ser votado até o dia
30 de novembro -, no meu modo de enxergar, Ver. Elói Guimarães, repetindo até
uma discussão que nós já fizemos aqui na Casa, esgotou-se, na votação do
Orçamento, o prazo para nós votarmos outros projetos tributários. Porque,
Vereador, tudo aquilo que foi votado no Orçamento, as previsões orçamentárias,
elas foram recheadas do conhecimento dos ganhos tributários que tínhamos até
aquele exato momento. Se nós vamos votar, agora, aumentos na área tributária,
maiores abrangências nesta área tributária, é claro que nós vamos, de uma forma
ou de outra, redimensionar o Orçamento. E nós já votamos o Orçamento, até
porque tínhamos uma data para este ser votado! Então, eu acho que é uma
discussão que é feita há muitos anos aqui nesta Casa, se os projetos
tributários devem ou não devem ser votados antes do Projeto do Orçamento. Eu
acho que fica muito bem claro, pelo menos, para mim, de que tudo aquilo que é
votado após o Projeto Orçamentário tem validade ou não tem validade, pelo
menos, para figurar naquele Orçamento em si. Por isso mesmo, eu acho que todos
esses projetos - e são vários – na área tributária: ISSQN, IPTU, poderiam, num
acordo com a bancada da situação e com o Sr. Prefeito Municipal, ser matéria
para iniciarmos o ano que vem discutindo, a fim de chegarmos no final do ano
com todas essas matérias bem discutidas.
E
tem um Projeto, desses tributários, que diz respeito ao problema da área rural.
Eu acho, por exemplo, que nós não podemos, Ver. Juarez Pinheiro, discutir nada
de tributos que incida sobre essa área rural, que, porventura, não passe,
primeiramente, por um redimensionamento dessa área, ou, pelo menos, da antiga
área rural que nós tínhamos. A área rural foi extinta, quando votamos aqui o
novo Plano Diretor. Eu acredito que nós precisamos redesenhar essa área rural
novamente em Porto Alegre.
O Sr. Juarez Pinheiro: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Luiz Braz, que sempre tem tratado as questões tributárias, não
sei se V. Ex.ª participou da reunião que houve, promovida pela CEFOR, presidida
pelo Ver. Sebastião Melo. Lá, os produtores, de uma forma enfática, fizeram um
apelo aos Vereadores para que não façam, na questão do Projeto - que há uma
remição de dívida, inclusive, dos produtores da área rural - política
partidária; isso impede a votação, porque entendem que esse Projeto é muito
importante para a Zona Sul. E o entendimento de que, menos que a questão de
nomenclatura de área, eles querem políticas que defendam os seus interesses.
Entendem que esse Projeto defende. Quero apenas trazer à colação, a V. Ex.ª: essa
que é uma posição dos produtores da Zona Sul.
O SR. LUIZ BRAZ: É claro que se o Executivo Municipal
acena com remição de dívidas, e essas pessoas que estão vendo, de repente, a
necessidade de se livrarem desse ônus, e vêem que isso só pode ser feito se votarmos
aqui esse Projeto do Governo, é claro que eles vêm aqui e pedem, se eu
estivesse também lá na área rural eu viria aqui e pediria isso. Mas eu penso
que essa questão não pode ser tratada assim, Ver. Juarez Pinheiro, V. Ex.ª sabe
disso. Nós não podemos votar nenhuma alteração para essa antiga área rural sem
discutirmos aqui um novo desenho de uma área rural para Porto Alegre. Tem de
ser feita uma negociação com o Executivo? Eu penso que sim, devemos fazer uma
negociação com Executivo. Penso que essa negociação envolve toda a Casa, todas
as Bancadas, e envolve também o Executivo Municipal. Agora, votar alguma coisa
que altere a tributação para essa área antes de discutirmos aqui uma
redefinição para a área rural em Porto Alegre, acredito que realmente seria um
açodamento por parte desta Câmara, e não seria bom nem para a Câmara, nem para
o Executivo e nem mesmo para os produtores dessa área chamada área rural.
(Não
revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni):
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
3249/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 204/02, de autoria do Ver. Almerindo Filho, que dispõe sobre a reserva de habitações
populares a idosos carentes.
PROC.
3421/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 220/02, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que altera a denominação Rua Dona Cecília para Rua
Dr. Fernando Kroeff no trecho entre a Rua José de Alencar e o Largo dos
Campeões, no Bairro Azenha.
PROC.
3440/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 223/02, de autoria do Ver. Fernando Záchia, que denomina Rua Claudio da Silva Pinto um
logradouro público não-cadastrado, localizado nos Bairros Guarujá e Espírito
Santo.
2ª SESSÃO
PROC.
3330/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 211/02, de autoria do Ver. Cassiá Carpes, que inclui o dia 27 de julho como o
Dia da Prevenção de Acidentes do Trabalho no Calendário de Eventos Oficiais de
Porto Alegre e dá outras providências. Com
Substitutivo n.º 01.
PROC.
3453/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 224/02, de autoria do Ver. Ervino Besson, que suprime o endereço do usuário nas
carteiras de passagem escolar.
PROC.
3477/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 225/02, de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, que denomina Rua Mário Carvalho um
logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Belém Novo.
3ª SESSÃO
PROC.
3397/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 216/02, de autoria do Ver. Raul Carrion, que denomina Praça Alameda Cristal um
logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Santa Tereza.
PROC.
3410/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 219/02, de autoria do Ver. Paulo Brum, que oficializa, como evento do
Município, a Corrida Rústica de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
PROC.
3435/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 076/02, que cria uma Função Gratificada de
Vice-Diretor de Escola junto ao Quadro do Magistério Público Municipal.
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, partido
é um grupo de homens que se reúnem em torno de uma idéia e, com ação e
disciplina, buscam conquistar o poder para a realização do bem comum. Não é
como fala ao Correio do Povo, hoje,
em entrevista, S. Ex.ª o Sr. Presidente da Casa “que talvez seja apenas pela
busca do poder que se faz uma composição”.
Pois,
se eu fosse o Presidente da Casa, eu teria examinado este Projeto de Lei do
Executivo e, com toda a gentileza, com toda a educação, eu o teria devolvido
por incompleto, porque há que se ter respeito, há que se ter presente o art.
2.º da Lei Orgânica, que diz que Executivo e Legislativo são dois Poderes
independentes e harmônicos. Essa independência e essa harmonia permite-me dizer
a S. Ex.ª, o Sr. Prefeito: olha, o Processo está incompleto. Eu não posso
recebê-lo na Casa. Mas é claro, teria que estar na Casa.
Mas
o Prefeito, no dia 13 de novembro, manda para esta Casa a criação de função
gratificada de vice-diretor de escola junto ao quadro do Magistério Público
Municipal. Por que eu devolveria? Na forma da Lei de Responsabilidade Fiscal,
deveria o Prefeito dizer quanto representa esta proposição que ele apresenta à
discussão na Casa do Povo de Porto Alegre. Não fez isso e sabe que tem de
fazer. Reiteradas vezes nesta tribuna eu disse que teria que sempre ser
acompanhado do que custa para os cofres municipais, o que representa, no
conjunto de gastos com o pessoal, cada cargo que ele cria. Mas também, por
outro lado, eu não entendo como o Executivo, com tanta gente que tem lá, não tenha
revisado o Plano Classificado de Cargos para ver suas necessidades, e não
apenas mandar para cá a criação de cargos e, muitas vezes, pressionando os
Vereadores para que a aprove.
Eu
leio a Lei n.º 9000, de 14 de novembro de 2002. Foi um debate tremendo neste
Plenário, Vereadores querendo rejeitar; Vereadores diminuindo o número de
cargos a serem criados, mas havia uma necessidade. A Prefeitura tinha
contadores concursados, e o prazo de contratação dos mesmos encerra-se agora no
dia 8 de dezembro. E o que faz a Prefeitura, que nos pressionou para votar
cargos de engenheiro, assistente social e contador? Não está chamando os
concursados. Eu não creio que isso seja uma medida correta e que deva passar em
brancas nuvens pela Presidência da Casa, pelo Plenário desta Casa. O Secretário
de Administração e todos aqui estiveram justificando as necessidades, não da
criação de um Plano Classificado de Cargos, da revisão do Plano Classificado de
Cargos, mas sim para fazer pressão, mas não era para aqueles que estavam
realmente em cima do prazo, que é 8 de dezembro.
Portanto,
domingo encerram-se as possibilidades de chamarem esses concursados. Será que a
Prefeitura quer fazer outro concurso, que lhe vai trazer ônus e vai fazer com
que aqueles que já foram aprovados em concurso não sejam chamados? Eu não
acredito. Eu ainda acredito na boa-fé do Sr. Prefeito Municipal, Dr. João
Verle, do nosso querido Secretário de Administração. Eu sei que ele vai chamar
os concursados, porque, há poucos dias, disseram aqui que havia urgência,
premência e necessidade de votarmos, mesmo contrariados; alguns Vereadores
querendo; outros não querendo, mas, quando se fazia necessidade de justiça
àqueles que estavam concursados, todos os Vereadores cederam. Eu espero que o
Secretário cumpra o seu dever. Por isso eu dizia hoje que o importante não é o
direito assegurado; o importante é o dever realizado. Nós todos precisamos
cumprir o nosso dever para assegurar o direito de quem tem. E os concursados
têm direito. Eu quero que eles vejam o Secretário da Administração cumprir o
seu dever. Saúde e paz! Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Sr.ªs
Vereadoras e Srs. Vereadores, sempre sou muito atento, inclusive, nos mínimos
detalhes, quando o Ver. João Dib vem a esta tribuna e ele a ocupa, inclusive na
discussão de Pauta. Pauta é aquele momento, senhoras e senhores, em que esta
Câmara discute, por três Sessões seguidas, os projetos de lei que são
apresentados. Apesar do Ver. João Dib ser contra a proliferação de inúmeros
projetos de lei, como costuma dizer, ele vem aqui às vezes apenas para
salientar essa questão da proliferação de projetos. E numa coisa nós temos consonância,
consonância em idéias e propostas: é muita lei de fato, porque elas não são
votadas, por essa razão.
Quanto
aos questionamentos levantados a esta lei do Executivo que cria cargos de
provimento efetivo na Administração Centralizada, no caso estamos tratando de
dez assistentes sociais, dez contadores e dez engenheiros, tem, sem dúvida
nenhuma, a segurança de que, se nós estamos propondo, é por estrita
necessidade, necessidade! Nós somos aqueles que sempre combatemos o inchaço da
máquina pública, da ocupação desenfreada de cargos de confiança, de funções
gratificadas que não tem nada a ver com a função que de fato a pessoa realiza,
mas para apadrinhamento. Portanto, Ver. João Dib, o PT continua o mesmo,
combatendo o inchaço da máquina pública, combatendo o apadrinhamento e quer que
todas as pessoas entrem pela porta da frente, por concurso público, porque essa
foi a batalha da Constituinte. Conquistamos isso, está na Carta Maior, portanto
continuaremos dentro dessa nossa grande peleia. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. João Carlos Nedel está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Em
primeira Sessão de Pauta, o Projeto do Ver. Almerindo Filho que dispõe sobre a
reserva de habitações populares a idosos carentes.
Nós
já temos reservas de habitações populares a senhoras que são cabeças-de-casal,
ou seja, que sustentam a família. Agora, queremos, pelo Projeto, ter uma
reserva de 5% das unidades habitacionais para idosos carentes. Em breve, poderá
vir para desempregados, para pessoas portadoras de doenças graves, e assim nós
vamos reservando todos os planos habitacionais já, previamente, indicados. O
mérito é claro, não existe dificuldade maior do que as pessoas idosas e
carentes; pessoas que passaram toda a sua vida e não conseguiram ter uma
habitação própria; é digno, é até justo; agora, como que uma administração vai
projetar um plano habitacional reservando vagas e oportunidades previamente?
Fica muito difícil!
Eu
entendo a disposição do ilustre Ver. Almerindo Filho, mas penso que deve ser
muito bem estudada. Em princípio, todos devem ter oportunidades iguais, todos
têm de demonstrar a sua carência, a sua necessidade e a sua dificuldade. Mas
prever uma reserva de mercado em lei, eu acho que não é muito adequado. Muitos
têm opinião contrária. Eu respeito. E acho que nós temos que estudar este
assunto mais a fundo.
Também
um Projeto de Lei do Ver. João Bosco Vaz, que altera a denominação da Rua Dona
Cecília para Rua Dr. Fernando Kroeff, no trecho entre a Rua José de Alencar e o
Largo dos Campeões do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Também é uma justa
homenagem. Mas temos uma dificuldade na parte legal. Diz a Lei Complementar n.º
320: (Lê.) “A alteração da denominação de logradouros é permitida através de
plebiscito, nos termos do art. 99 da Lei Orgânica, cabendo à Câmara Municipal
organizá-lo.” Não está aqui o plebiscito, não faz parte deste Processo, também
não faz parte o croqui; acho que temos que examinar mais detidamente este
Processo, porque ele tem dificuldades regimentais. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Raul Carrion está com a palavra
para discutir a Pauta. Ausente. O Ver. Zé Valdir está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ZÉ VALDIR: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, o Ver. Ervino Besson volta a tematizar a questão
da segurança, por meio do seu Projeto que pretende suprimir o endereço das
carteiras de passagens escolares, argumentando que a existência do endereço
oferece um risco aos usuários e familiares dos estudantes. Para além do
conteúdo material deste Projeto, é importante que ele oportuniza que a gente
volte a debater esse tema cada vez mais importante, cada vez mais grave no
mundo de hoje, que é o tema da violência, da segurança. Entendo que não podemos
fazer uma análise descontextualizada desse tema, uma análise fragmentada, sob
pena de também propormos ações completamente fragmentadas e, portanto,
ineficientes ou ineficazes. Entendo que o tema da violência e da segurança deve
estar sempre relacionado a, no mínimo, três aspectos fundamentais: O primeiro é
a consideração de que vivemos no mundo de hoje em uma grande crise, uma crise
mundial, não apenas econômica, no sentido de que, cada vez mais, a humanidade
produz mais, e cada vez mais o grau de exclusão é maior, mas também uma crise
ética, onde os valores ligados ao consumo, os valores ligados ao
individualismo, ao consumismo, passam a constituir quase uma nova religião da
humanidade. Isso temos visto em vários aspectos da nossa vida, do nosso
cotidiano.
O
segundo aspecto a considerar, quando se discute violência e segurança, é o de
que existe uma indústria da violência, que se instalou na arte, na publicidade
e que gera, como subproduto, o medo, a partir de uma situação que é real; o
risco e o perigo existem, é verdade, mas toda a publicidade, toda essa
indústria que se monta em cima da questão da violência gera um medo, portanto,
gera um subproduto e gera um plus de violência, que é uma espécie de violência
virtual, que se soma à violência real que já existe. E uma indústria no sentido
literal, porque nunca se fabricaram tantos instrumentos, armamentos, grades
para que cada vez mais as pessoas tenham que se gradear, os próprios cidadãos
suprimir a sua liberdade, porque cada vez mais a comunicação entre os incluídos
ou parcialmente incluídos e os excluídos é uma comunicação que tende, cada vez
mais, a se estabelecer pela barbárie e pela violência.
E o terceiro aspecto é o aspecto da exploração
ideológica da questão da violência ou da partidarização da violência. Nós temos
visto aqui no Estado alguns meios de comunicação que fizeram isso claramente.
Vou dar um exemplo apenas: quando no Estado se levantou a tese da unificação
das policias, caíram de pau em cima - alguns jornalistas conhecidos - desse
projeto, mas, quando o Governo Federal bancou isso, o Governo Fernando
Henrique, “tudo normal”, passou a ser normal essa proposta. E eu faço um
desafio: a partir do dia 1.º de janeiro não haverá mais violência, ou a
violência vai estar sensivelmente diminuída, porque um veículo de comunicação,
dos que mais enfatizava a questão da violência, mais denunciava a violência e
combatia o modelo implantado de combate à violência no Estado, simplesmente vai
decretar que a violência não existe mais. Aliás, esse mesmo veículo de
comunicação já demitiu o Jornalista Mendelski, que dizem que foi por censura
econômica - aí vale a censura -, porque ele teria criticado a TIM Celular. Mas
eu também acho que não é só por isso. Eu acho é que porque o Mendelski ficou
obsoleto, sem serviço. Sabem por quê? A partir de agora, como não vai mais
haver problema de violência, não vai mais haver Governo do Estado para
criticar, tem que racionalizar pessoal. Não é preciso mais ter um grande
quadro, um numeroso quadro de jornalistas – como o Mendelski – para bater no
Governo porque, simplesmente, a linha desse jornal agora vai ser decretar, por
decreto mesmo, que a violência, a miséria, que os problemas no Rio Grande do
Sul acabaram ou começaram a ser resolvidos. Então para que ter um jornalista
como o Rogério Mendelski, que batia nos movimentos sociais, batia no MST, que
foi processado, inclusive, pelo Movimento Negro, pelo seu racismo e que nada
disso adiantou, mas, no entanto, quando ele criticou um poderoso grupo
econômico, veio a censura econômica e o Sr. Rogério Mendelski foi demitido. E
também demitido, exatamente, porque, a partir do dia 1.º de janeiro, a leitura
sobre a questão da violência, a leitura partidária sobre a questão da violência
vai ser outra. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Ervino Besson está com a palavra
para discutir a Pauta. Desiste. Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta. Ausente. O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sr.ªs
Vereadoras, pessoas que nos assistem. O Ver. Luiz Braz laborou em equívoco, ao
nosso juízo, quando falou no princípio da anualidade na questão tributária.
A
Constituição Federal é absolutamente clara, Ver. Luiz Braz, de que o que vige
sobre possibilidade de votação de questões tributárias é a questão do princípio
da anualidade.
Isso é o que está escrito, e a nossa Lei de Diretrizes
Orçamentárias há alguns anos traz um artigo que talvez tenha sido ali colocado
por determinação legal, dizendo que os projetos tributários precisam ser
apreciados antes do encaminhamento da votação do Orçamento.
Ver.
Luiz Braz, em processo legislativo há questões que são de ordem técnica e as
palavras não podem ser confundidas. “Apreciados” significa verificados,
analisados. No processo legislativo cada palavra tem a sua significação
absolutamente determinada. Se quisesse falar “votação”, teria dito votação.
Mas
o que nos traz aqui na tribuna, já que vários Srs. Vereadores e Vereadoras
colocaram questões relativas ao Projeto que tramita, que altera a Lei que trata
do IPTU, é dizermos de forma tranqüila, e os Vereadores que estavam presentes
na reunião da CEFOR puderam tirar as suas conclusões, que é uma imposição
ética, Ver. Luiz Braz, nós votarmos o Projeto que está aqui na Casa.
Quando
falo de imposição ética, eu quero assinalar que não é possível que nós, aqui,
na Câmara de Vereadores, não nos sintamos obrigados a corrigir um equívoco que
perdura no Município há mais de dez anos, e eu estou falando na questão das
faces dos quarteirões. Ou seja, esse é um Projeto que mexe na vida de apenas,
no que tange às faces de quarteirões, duas mil pessoas, duas mil unidades,
propriedades no Município de Porto Alegre. O Projeto não mexe na vida das
pessoas, nós não estamos mudando e alterando a Planta de Valores, se bem que
deveríamos, porque hoje os imóveis estão avaliados em não mais do que 30% do
valor de mercado, e isso gera, já que a Planta não é alterada, injustiças de
ordem tributária, injustiças fiscais, porque propriedades que valem menos,
pagam mais, e propriedades que têm um valor maior pagam menos. A Câmara de
Vereadores, à luz, inclusive, da ciência que o Ver. Luiz Braz anda fazendo
pós-graduação, na questão tributária, diz claramente que as Plantas de Valores
deveriam, no mínimo, e os maiores tratadistas dizem isso, ser alteradas a cada
três anos. Isso aqui em Porto Alegre não é feito há dez anos. Mas essas
pessoas, essas duas mil famílias, essas duas mil propriedades há dez anos pagam
IPTU imensamente menor que seus vizinhos, por um problema de equívoco
administrativo. Portanto, o que nós estamos fazendo é aplicar o princípio da igualdade.
Essas pessoas já se beneficiaram ao longo do tempo, pagando IPTU extremamente
mais baixo.
Na
questão da área rarefeita, da rururbana, Ver. Luiz Braz, muito mais importante
que uma designação de área rural ou rururbana, que seja, significa que haja
prestigiamento às pessoas que se dedicam à produção primária. Este Projeto faz
com que, em função do Plano Diretor que nós aprovamos aqui na outra
Legislatura, o IPTU que foi lançado nos primeiros dois anos, haja uma rendição
desses valores; de outra parte estabelece que áreas de até 30ha ficam isentas
do pagamento do tributo, e apanha para as propriedades maiores, que se dedicam
à produção primária, o menor valor de ITR, porque o ITR tinha alíquotas que
começavam em 0,03 e iam muito mais adiante, e nós estamos apanhando, Ver. Luiz
Braz, a menor alíquota do ITR. Portanto, na verdade, além de preservarmos, a
partir do momento em que temos gerência sobre a área rural, Ver. José Valdir,
porque, se o Município não tem controle sobre aquela região, se proliferam os
loteamentos clandestinos; e aquilo que alguns Parlamentares na semântica dizem
buscar, ou seja, a proteção da área rural, e o Ver. Ervino Besson estava na
reunião, na verdade, estão indo de encontro ao que dizem, porque colocam aquela
área sem qualquer proteção. De outra parte, cumpre-me assinalar, e eu encerro
Sr. Presidente, a nossa certeza de que todas as bancadas irão apreciar esta
matéria com o zelo e a responsabilidade que ela merece, porque é uma imposição
ética desta Casa corrigir distorções, já que remontam há mais de dez anos, e
fazer com que os produtores rurais tenham tranqüilidade, Ver. Luiz Braz, para
desenvolverem as suas produções de artigos primários, tenham tranqüilidade nas
suas famílias e tenham, acima de tudo, os porto-alegrenses, a partir do momento
em que o Município tem controle sobre essa região, a certeza de que essa área
rural, na prática e não na semântica, irá permanecer, engrandecendo esta
Cidade, diminuindo inclusive o preço dos produtos primários,
hortifrutigranjeiros. Então, Ver. Luiz Braz, nós temos a certeza de que este
Projeto será estudado com dedicação por todas as bancadas, e a Região Sul da
Cidade fez um verdadeiro clamor na reunião da CEFOR, pedindo que os Srs.
Vereadores não façam proselitismo político-partidário e que vejam as
necessidades da Região Sul e aprovem esta matéria que é do interesse daqueles
que se dedicam à produção primária. Nós temos certeza de que esta Casa não
colocará obstáculos pseudo-regimentais, pseudoconstituicionais e apreciará a
matéria como ela merece e como a Região Sul merece. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Aldacir Oliboni, presidindo a
Sessão, Ver. Paulo Brum, Srs. Vereadores, Sr.ªs Vereadoras, eu quero
agradecer ao meu grande Líder, Ver. Reginaldo Pujol, que me concede esta
oportunidade de falar aqui da tribuna para responder ao Ver. Juarez Pinheiro,
meu amigo, conhecedor do Direito, mas que comete, eu acredito, um equívoco,
quando faz uma análise sobre a possibilidade de cobrança de imposto sobre
aquela área que deveria ser rural, mas que foi modificada através da alteração
do Plano Diretor. Diz a Constituição, Ver. Juarez Pinheiro, no art. 153, que:
“Compete à União instituir impostos...”; e aí vem: “o Imposto Territorial
Rural”. E no parágrafo 4.º deste mesmo artigo diz assim: “o imposto previsto no
inciso VI...”, que é esse Territorial Rural, “... terá as suas alíquotas
fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas e não
incidirá...” Significa o seguinte: existirá imunidade, não é problema de
isenção, existirá imunidade, não incidirá sobre pequenas glebas rurais, e aí
vem a legislação complementar que define o que são pequenas glebas rurais. As
dimensões das pequenas glebas rurais não são as mesmas para qualquer região no
Brasil. Lá na Amazônia, uma pequena gleba rural tem até 50ha; aqui, no Rio
Grande do Sul, pequena gleba rural significa até 30ha. Ora, então até 30ha, com
relação à maioria das propriedades que temos aqui na antiga zonal rural, nenhum
proprietário pode pagar imposto, ou não poderia pagar imposto porque eram
imunes a esse imposto, completamente imunes a esse imposto. Agora, depois dos
30ha, ultrapassado o limite da pequena propriedade rural, da pequena gleba
rural, inicia-se esse percentual que V. Ex.ª disse e que o Governo Municipal,
quase que numa benesse para os empresários da Zona Rural, concede a menor
alíquota. Só que a menor alíquota, Ver. Elói Guimarães, começa a incidir depois
que se ultrapassam os limites da pequena gleba rural. Ora, somente para
propriedades acima de 30ha é que começam a prevalecer, a partir do tamanho de
cada propriedade, os percentuais do Imposto Territorial Rural. Antes disso não
tem imposto! E o que modificou, quando nós alteramos o Plano Diretor, foi
exatamente isso. Quando nós alteramos aqui o Plano Diretor, nós pegamos estas
propriedades de até 30ha e colocamos todas essas propriedades à disposição do
Governo para que eles pudessem também estabelecer um imposto sobre essas
propriedades. E aí o Município fez o seguinte: criou a isenção, não mais a
imunidade, porque não podia ser mais “imunidade”. Criou uma isenção para essas
propriedades de até 30ha. E, agora, Ver. Juarez Pinheiro, faz o seguinte:
retira, praticamente, essa isenção total até 30ha e diz que essa isenção não
vale para os imóveis construídos nesta região. Então, aqueles proprietários que
antigamente eram completamente imunes ao imposto começam agora a pagar, ou pelos
menos vão começar a pagar um imposto que - e aí diz o Governo -: “É um imposto
pequenininho.” Mas ele começa assim, porque o ano que vem eu já não sei mais, e
daqui a dois ou três anos eu também não sei, porque depois de criado o imposto,
depois de estabelecido que ele vai pagar uma determinada quantia pelo imóvel
construído nessas regiões, Ver. Juarez Pinheiro, aí nós não sabemos quanto vão
se aumentar a mais essas alíquotas. Então, prefiro que a gente faça uma
redefinição de área rural novamente em Porto Alegre, que não sejam mais os 30%
da região de Porto Alegre, como tínhamos antigamente, mas que possamos dizer
que determinadas áreas em Porto Alegre voltam a ser áreas rurais, num redesenho
que pode ser discutido entre a Câmara, o Executivo e as partes interessadas,
para que tenhamos em Porto Alegre aquilo que existe em todos os Municípios
brasileiros: uma área rural. É isto exatamente que nós queremos.
O
Ver. João Dib, se não me engano, apresenta uma proposta para que nós possamos
ter uma nova área rural, mas eu acho que não precisa ser exatamente a proposta
do Ver. João Dib. Pode ser uma proposta rediscutida, pode ser uma outra
proposta, mas que tem de haver, tem, e que, realmente, é diferente “imunidade”
de “isenção”, que nós estamos colocando há bastante tempo, é realmente bastante
diferente “imunidade” de “isenção”. É exatamente esse absurdo que está para
acontecer e que nós temos de impedir aqui. E eu peço para que os Srs.
Vereadores, por favor, joguem esses Projetos para a frente, a fim de que eles
possam ser melhor discutidos e melhor compreendidos.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Aldacir Oliboni): O Ver. Paulo Brum está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULO BRUM: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver.
Aldacir Oliboni, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, amanhã, dia 3
de dezembro, é o Dia Internacional de Luta das Pessoas Portadoras de
Deficiência. A partir da efetivação desse dia é que houve uma grande
conscientização, no mundo inteiro, a respeito da luta, dos direitos, da
cidadania das pessoas portadoras de deficiência. Com certeza, grandes
manifestações das entidades representativas irão demarcar, mais uma vez, esse
dia como sendo o dia de conscientização dos nossos direitos, da nossa
cidadania.
Mas
quero aproveitar este instante para divulgar que estará ocorrendo aqui em Porto
Alegre a 1.ª Olimpíada de Surdos do MERCOSUL, que se realizará de 8 a 14 de
dezembro na PUC. A Federação Desportiva de Surdos do Rio Grande do Sul e o
Colégio Farroupilha é que estão patrocinando esta Olimpíada. O evento terá a
abertura oficial no dia 8 de dezembro, às 19h, no Colégio Farroupilha.
Um
grupo de quatro atletas parte em maratona pelas ruas da Cidade, em direção ao
Colégio Farroupilha, onde será mantida acesa a tocha olímpica durante todo o
período em que acontecerão os jogos aqui em Porto Alegre. Estarão presentes à
cerimônia representantes de todas as delegações, atletas e convidados.
Participam
desta 1.ª Olimpíada de Surdos as delegações da Argentina, Uruguai, Chile,
Bolívia e Paraguai. O Brasil estará sendo representado por associações de
surdos dos Estados do Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Bahia. O
Rio Grande do Sul participa com atletas de Porto Alegre e de Esteio. Está
prevista, aproximadamente, a participação de quinhentos atletas portadores de
deficiência auditiva, surdos, que devem disputar tênis de mesa, masculino e
feminino, futebol, basquete masculino, vôlei feminino e masculino e xadrez
masculino. Promovem este evento olímpico a Confederação Brasileira de Desportos
de Surdos, a Confederação Sul-Americana de Desportos de Surdos, o CONSUDES e a
Federação Desportiva de Surdos do Rio Grande do Sul, sob a Presidência do Sr.
Carlos Alberto Goes. Portanto, a partir do dia 08 de dezembro, nós estaremos
realizando, aqui em Porto Alegre, a 1ª Olimpíada de Surdos do MERCOSUL.
Também
o Centro Tecnológico da ULBRA – Unidade de Ensino Especial Concórdia – convida
para assistir ao Natal de Amor e de Paz, que será realizado no dia 08 de
dezembro de 2002, às 20h, nas dependências do Ginásio do Centro de Ensino
Especial Concórdia. Portanto, fica aqui esse registro da comunidade surda
organizada, buscando os seus direitos de cidadãos. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Dr. Goulart está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. DR. GOULART: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, é para a atenção do prezado Presidente que me vou dirigir, é para
atenção do Líder Marcelo Danéris que também vou-me dirigir, é para toda Bancada
do PT que me vou dirigir, mas com atenção para o interessado na Saúde e para o
Líder da Bancada. Nós teremos de retomar o estudo do Hospital Materno-Infantil
Presidente Vargas. Nós aprovamos nesta Casa uma série de cargos para a Prefeitura
– que bom! –, sendo que um número expressivo desses cargos era para este
Hospital. Se os senhores não sabem ou não lembram, o Hospital Materno-Infantil
Presidente Vargas foi o melhor hospital público no atendimento das doenças da
gravidez, foi o melhor hospital público no encaminhamento do recém-nascido
doente ou do recém-nascido prematuro; teve um momento ímpar na história médica
do Rio Grande do Sul, o Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, o HPV.
Depois,
pelas confusões e descaminhos administrativos, em que os seus funcionários não
sabiam direito a quem se reportar, porque lá tem funcionário federal,
municipal, tem funcionário da Fundação, é difícil de dirigir o Hospital
Presidente Vargas, mas nós que fomos gestores em Saúde, que somos gestores em
Saúde e que queremos ser gestores em Saúde, temos de estar preparados para
isso.
Nesse exato momento histórico do Hospital, a
administração do Hospital chama pessoas, contrata pessoas que têm RDE – Regime
de Dedicação Exclusiva - para o Hospital e, no exato momento em que lá chegam,
pedem para que desistam da RDE. Pedem para os funcionários da Saúde desistirem
da RDE. E quando os funcionários lá chegam... O Hospital Presidente Vargas é um
hospital central, é um hospital promissor e que há de levar novamente a
Medicina do cuidado da gestante e do recém-nascido a um momento ímpar, há de
ser no futuro dentro da nossa rede pública. Então, as pessoas atraídas para o
Hospital Presidente Vargas são convidadas a desistirem do RDE e o fazem ou
voltam para a sua unidade. Mas quando tentam voltar para a sua unidade, Ver.
Marcelo Danéris, a sua unidade não os aceita mais, porque já tem outra pessoa
no seu lugar ou aquele local já foi negociado para outra situação.
Os funcionários nos procuram no gabinete. Em uma época em
que qualquer negociação de FG, de promoção - que não existe - ou de Regime de
Dedicação Exclusiva, qualquer regime desses melhora um pouco o salário dos
agentes de Saúde, tão abatido, tão atacado, tão indigno, acontece o pedido da
chegada no Hospital Presidente Vargas para trabalhar, mas tem de desistir do
RDE. “Mas eu não quero desistir do Regime de Dedicação Exclusiva, vou voltar
para a minha base, para o meu postinho.” “Não, não pode.”
Mais
uma vez, a administração não está cuidando bem dos funcionários, pelo menos dos
da Saúde. Não podemos embretar os nossos colegas da Saúde; temos de encontrar
um veio em que eles possam ser promovidos, em que eles possam fazer estudos, em
que eles possam fazer cursos, pós-graduação. Por que quem disse que o serviço público
tem de ser o pior? Onde está escrito que, se é serviço público, tem de ser
ruim? Serviço público tem de ser o melhor; serviço público tem que pagar bem;
serviço público tem que respeitar. Acreditem, Srs. Vereadores, serviço público
tem que ser digno, tem que ser honrado. Não podemos mais ouvir no Brasil: “Ah,
também, é burocrata do serviço público; é médico do serviço público; é
enfermeiro do serviço público!” Não podemos mais ouvir isso; o público tem que
ser o melhor.
Vamos
cuidar da nossa gente. Breve, vou encaminhar aos Srs. Vereadores - vou-me
socorrer do Ver. Juarez Pinheiro, que tem sempre me ajudado nas coisas
administrativas da Saúde - para ver como nós podemos proteger os médicos e os
funcionários da Saúde, que começam a ser maltratados novamente, no querido e no
saudoso – não é o melhor no momento, mas foi no passado e há de ser no futuro –
Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Raul Carrion está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. RAUL CARRION: Ex.mo Ver. Paulo Brum, que
preside os trabalhos nesta tarde, neste momento, demais Vereadores e
Vereadoras, todos que nos assistem nas suas casas através da TV Câmara,
queríamos, inicialmente, dizer a este Plenário que nós estamos retirando o
Requerimento que havíamos encaminhado à Casa no sentido da representação, em
Brasília, por ocasião da 4.ª Conferência Nacional das Cidades. Havíamos sido
convidados porque participamos da 3.ª Conferência, no ano passado. A retirada
se dá porque será votado, nesta quarta-feira, nesta Casa, o Projeto do Ver.
Nereu D’Avila que proíbe a abertura do comércio aos domingos, salvo em alguns
dias excepcionais, e nós não poderíamos faltar por ocasião de uma matéria dessa
relevância, com a qual temos um compromisso histórico, como é conhecido de
todos Vereadores, e, por isso, nós deixaremos de ir – seria muito importante a
representação desta Casa, em Brasília, nesse acontecimento nacional, onde se
esperam mais de mil representações, mas, infelizmente, coincide com esta
votação.
Por
isso mesmo, por entendermos que esse Projeto do Ver. Nereu D’Avila que, na
verdade, expressa, através do Projeto, a preocupação – creio eu – da imensa
maioria desta Casa, que não aceita aquela liminar esdrúxula que invalidou uma
lei com nove anos de existência, que vinha resolvendo a contento o problema da
abertura do comércio aos domingos, evitando, por um lado, a super-exploração do
comerciário e, por outro, permitindo, naquelas datas festivas, a abertura,
exatamente por isso, eu queria trazer alguns dados para os Vereadores, para que
reflitamos até quarta-feira, Ver. Ervino Besson, Ver. Dr. Goulart, Ver. Cassiá
Carpes, Ver. Elói Guimarães, e aprovemos esse Projeto que, na verdade, é um
Projeto de todos nós.
Primeiro,
os dados referentes ao comércio no mês de setembro, que é exatamente o mês
posterior à liminar que liberou a abertura total. Pois bem, dados da própria
AGAS – Associação Gaúcha dos Supermercados - dão notícia de um recuo de mais de
8% das vendas dos supermercados no mês de setembro. E se pegarmos os dados da
FEE, o recuo chega a 11,33%, sendo a diminuição da venda puxada pelos
hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e bebidas, ou seja, através
dos dados insofismáveis da GIA.
Segundo
dado, trazido pela Associação dos Pequenos Mercados, Minimercados, Fruteiras e
Panificadoras de Porto Alegre – Ver. Ervino Besson, que é vinculado a esse
setor econômico –: desde que foi aprovada essa liminar, as vendas nesse setor
diminuíram, aos domingos, em 60% e, durante a semana, já chegam a uma
diminuição de 30%!
Terceiro
dado, da Presidente do Sindicato dos Comerciários: os funcionários estão
trabalhando até oito domingos seguidos! Foram-lhes retirados a gratificação, o
prêmio, o vale-transporte, o vale-refeição. A folga a cada três domingos não
existe mais.
Quarto
elemento que trazemos: declaração do Presidente do SINDIGÊNEROS: “As pequenas e
médias empresas do setor estão perdendo vendas desde que a liminar que liberou,
de forma esdrúxula, repiso, a abertura do comércio foi aprovada.” Portanto, é o
que nós dizíamos, já quando defendíamos aqui a manutenção da Lei: prejuízo para
os pequenos e médios comerciantes, prejuízo para os trabalhadores e nenhum
avanço para as vendas do comércio, porque o que faz aumentar as vendas não é o
dia que abre o comércio, Ver. Paulo Brum, presidindo os trabalhos; o que pode
fazer aumentar as vendas é o aumento do dinheiro no bolso do povo, e isso está
diminuindo cada vez mais.
Para
concluir, não só os comerciários, os pequenos comerciantes foram prejudicados;
e o consumidor tem assistido à remarcação de preços e a uma inflação que é
retomada desde que foi aprovada essa liminar. Por isso, já adiantamos, e
concluo, meu Presidente, a posição do PC do B, que este Vereador deixará de ir
a Brasília, a um importante encontro, para estar aqui na quarta-feira e votar a
favor dos comerciários, dos pequenos e médios comerciantes e do consumidor
porto-alegrense, a favor do Projeto do Ver. Nereu D’Avila e a favor da regulamentação
da abertura do comércio aos domingos. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sr.ªs
Vereadoras, eu lia, nesta semana, na revista Veja, um artigo onde se retrata o
Partido dos Trabalhadores, e é colocada uma pedra lascada, vejam bem, e afixada
nessa pedra, Ver. Paulo Brum, “PT”. Não vi melhor definição, melhor conceito do
PT do que esse artigo e esse desenho, essa fotografia. Uma pedra, uma pedra
lascada, não é uma pedra polida. Evidentemente, no imaginário de quem examinou
e examina o artigo, do outro lado uma grande vidraça, onde se encontram os
mortais; e o PT é uma pedra: “PT”.
Os
jornais de hoje estão dando grande divulgação sob o título: “O problema que o
PT criou.” Foram centenas. Ver. João Bosco Vaz, o Partido dos Trabalhadores,
desde 1995, ingressou com cento e onze Ações Diretas de Inconstitucionalidade -
ADIn –, e uma delas, a mais importante, talvez, seja a do salário mínimo. E
agora esse assunto terá de ser enfrentado, porque o futuro Presidente da
República é exatamente o criador do Partido dos Trabalhadores, o Presidente de
Honra do Partido dos Trabalhadores; então, uma solução vai ter de ser dada a
esse problema. A crítica analisa que serão retiradas as referidas ações porque
o País se tornaria ingovernável.
A
questão do salário mínimo é pública e notória, um Senador e trabalhador – não
podemos negar – queria, “a todo o pano”, nos últimos tempos – porque antes era
mais –, 100 dólares para o salário mínimo. Só que agora ele se aquietou. Está
quieto, quieto! Não se sabe
onde se encontra o Senador, o Deputado do salário mínimo, que aos quatro ventos
esbravejava que o salário mínimo era uma injustiça e isso e aquilo. E é uma
injustiça! É uma injustiça! Mas esbravejava aos quatro ventos, aos quatro
cantos deste País os 100 dólares para o salário mínimo.
Agora
estamos aí, diante desta realidade: estão com a faca e o queijo na mão. Então,
cortem!
Então,
não é uma crítica, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, que nós estamos fazendo,
porque é preciso tratar a realidade com aqueles cuidados imprescindíveis, a não
parecermos melhores do que os outros, a não parecermos ter a solução na mão quando
as dificuldades são imensas.
Fica
aqui a nossa manifestação, na expectativa, Ver. Pedro Américo Leal, para o que
vai suceder. Afinal, essas cento e onze Ações Diretas de Inconstitucionalidade
serão mantidas ou não serão mantidas? Fica a grande incógnita. Acredito que uma
solução haverá de ser dada, porque do contrário nós estaremos diante de um
impasse da própria ingovernabilidade.
Então,
e eu encerro, Sr. Presidente, a melhor definição que vi do PT está publicada na
revista Veja: uma pedra lascada com o
nome “PT”. Exatamente é a pedra que haverá de ser recolhida para se tentar,
daqui para a frente, aqui, fora daqui, no País, relações que se coadunam no
campo das possibilidades humanas e materiais. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): A Ver.ª Clênia Maranhão está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sr.ªs
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu queria retomar, nesta tribuna, um tema que foi
tratado, hoje, por vários Vereadores que me antecederam, porém, considerando a
gravidade da situação dessa área da Saúde, eu acho importante nós recolocarmos
aqui a discussão do significado desse domingo, dia 1.º de dezembro, na luta
mundial contra AIDS, uma epidemia que surgiu com grupos específicos e que se
generaliza, hoje, em todos os países e em muitos dos quais numa situação onde o
preconceito e a omissão pública são muito fortes, produzindo um avanço
alarmante, como é o caso da maioria dos países africanos.
O
Brasil foi apontado, em várias conferências internacionais e em relatórios
internos de várias entidades da área da saúde, como um dos países onde a luta
contra a AIDS tem avançado. Penso que isso se deve, fundamentalmente, aos
investimentos colocados no Brasil, à política do Ministério da Saúde, das
secretarias estaduais e municipais e também ao esforço de inúmeras entidades
não-governamentais que, procurando enfrentar o preconceito e a discriminação e
por intermédio de uma pressão política, têm colocado a luta contra a AIDS num
patamar onde ela deve ser enfrentada: como uma questão de saúde pública, como
uma questão que tem de ser analisada pela sociedade.
Essa
epidemia tem mudado de perfil, ela iniciou nos grupos homossexuais de alta
renda e, aos poucos, foi-se expandindo na área da prostituição e dos drogados.
A realidade de hoje nos leva a dizer que não temos mais grupos de risco, temos
comportamentos de risco, que têm feito com que as últimas pesquisas nos mostrem
que as pessoas, fundamentalmente as mulheres com relações fixas têm sido as
maiores vítimas dessa epidemia. Os dados apresentados, nesta semana, trazem
ainda uma outra grande preocupação: além da feminilização da epidemia, a
epidemia também começa a atingir as mulheres jovens. As mulheres adolescentes
têm sido mais contaminadas pela epidemia da AIDS do que os homens. Isso
demonstra uma outra realidade gravíssima da nossa política de saúde, que é a
incapacidade das nossas políticas públicas frente ao comportamento da juventude
neste momento histórico. Esta realidade nos mostra a necessidade do
aprofundamento das relações afetivas e de confiança no seio da família, esta
realidade nos mostra a necessidade de as escolas pautarem a questão da
sexualidade e da juventude como uma questão fundamental, inclusive para a preservação
da vida da juventude nos países, neste momento, onde nós estamos situados.
Eu
não poderia deixar, neste dia, de acrescentar, aos vários argumentos que aqui
foram trazidos, as avaliações, os acompanhamentos que nós temos feito no
sentido de contribuir com a luta contra a AIDS e por uma sociedade de igualdade
e de garantia de direitos. Muito obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Havendo quórum, passamos à
Informamos
à Casa que nós temos, sobre a Mesa, uma relação de projetos que nos foram
encaminhados pelas Lideranças, que se restringem a nomes de ruas, homenagens e
empregos.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1229/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 061/02, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que
denomina Rua Eva Vargas Soares um logradouro público cadastrado, localizado no
Loteamento Nova Ipanema - II Etapa.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;
- da CECE.
Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 20-11-02.
O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Em discussão o PLL n.º 061/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade.
Os
dois Projetos seguintes, que tratam da denominação de dois logradouros, de
nossa autoria, deixarei para apreciar ao final, para que a sua votação seja
conduzida pelo Ver. Paulo Brum ou pelo Vice-Presidente da Casa.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
1834/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 043/02, que denomina Praça Maria Francisca Gomes
Garcia um logradouro público não cadastrado, localizado na Vila Safira.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 20-11-02.
O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Em discussão o PLE n.º 043/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2397/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 143/02, de autoria do Ver. Fernando Záchia, que
denomina Praça Joaquim Rache Vitello um logradouro público não-cadastrado,
localizado no Bairro Auxiliadora.
Pareceres:
- da CCJ.
Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 27-11-02.
O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Em discussão o PLL n.º 143/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2519/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 147/02, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que
denomina Rua Romildo Bolzan o logradouro público cadastrado, localizado no
Loteamento Colinas de São Francisco.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 27-11-02.
O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Em discussão o PLL n.º 147/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO,
por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2548/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 149/02, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Walter Erwig Filho um logradouro público cadastrado, localizado no
Bairro Sarandi.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 27-11-02.
O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Em discussão o PLL n.º 149/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2562/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 151/02, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Sadi Nejar um
logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Antonio Hohlfeldt: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia
em 20-11-02.
O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Em discussão o PLL n.º 151/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2568/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 152/02, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Ribeiro Hudson um
logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 20-11-02.
O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Em discussão o PLL n.º 152/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2701/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 162/02, de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt, que
denomina Praça Nelson Marchesan um logradouro público cadastrado, localizado no
Bairro Rubem Berta.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 27-11-02.
O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Em discussão o PLL n.º 162/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2745/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 166/02, de autoria do Ver. Fernando Záchia, que denomina Praça Gilberto Leão de
Medeiros um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Cavalhada.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Antonio Hohlfeldt: pela aprovação do Projeto;
- da CECE.
Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM, em 02-12-02.
O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Em discussão o PLL n.º 166/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2762/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 168/02, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua José Olavo do
Nascimento um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 20-11-02.
O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Em discussão o PLL n.º 168/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2783/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 171/02, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Ivan Carlos Gatti um
logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 20-11-02.
O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Em discussão o PLL n.º 171/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Solicito
ao Ver. Paulo Brum que assuma a presidência dos trabalhos, porque os dois
próximos Projetos são de autoria deste Vereador.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1630/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 096/02, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que denomina Rua Dr. Ivo Antônio
Custodio Ardais um logradouro público cadastrado, localizado no Loteamento
Moradas da Hípica.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 25-11-02.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PLL n.º 096/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1690/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 103/02, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que
denomina Rua Dr. Istrael Poyastro um logradouro público cadastrado, localizado
no Loteamento Moradas da Hípica.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 27-11-02.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PLL n.º 103/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2849/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 179/02, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que concede o título honorífico de
Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Ernesto Llopart Castro.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM, em 25-11-02;
-
para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, §
2.º, V, da LOM;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PLL n.º 179/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL n.º 179/02. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por
27 votos SIM.
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2896/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 186/02, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Dr. Efraim Mester.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM, em 25-11-02;
-
para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, §
2.º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PLL n.º 186/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL n.º 186/02. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por
24 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2940/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 188/02, de autoria do Ver. José Fortunati, que concede o título honorífico de
Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Jaques Bacaltchuk.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, §
2.º, V, da LOM;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM, em 02-12-02.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PLL n.º 188/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 25 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
3212/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 107/02, de autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia, que concede o
título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Sr. Odalgir Alfredo
Lazzari. Urgência.
Parecer Conjunto:
- da CCJ e
CECE. Relator-Geral Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, §
2.º, V, da LOM;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 28-11-02.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PR n.º 107/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 25 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
3283/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 110/02, de autoria da Ver.ª Clênia Maranhão, que concede o título honorífico de Cidadã Emérita de Porto Alegre
à Atriz Julia Lemmertz Dias Borges.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, §
2.º, V, da LOM;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM, em 02-12-02.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PR n.º 110/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 25 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
3224/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 108/02, de autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia, que concede o
Prêmio de Educação Thereza Noronha ao Professor Jorge Tadeu Nascimento
Silveira.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM, em 02-12-02.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PR n.º 108/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
com abstenção do Ver. Juarez Pinheiro.
Estão
suspensos os trabalhos para organizarmos uma nova ordem.
(Suspendem-se
os trabalhos às 17h.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia –
às 17h01min): Estão
reabertos os trabalhos da presente Sessão.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, propomos a seguinte
ordem: em primeiro o PLE n.º 057/02...
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Qual é a página,
Vereador?
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Eu vou lhe dar o Processo que tenho em
mãos.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Isso nos facilitaria,
porque há quase sessenta páginas hoje. Vamos fazer o seguinte, Vereador: se V.
Ex.ª concorda, vamos fazer um intervalo de dois a três de minutos para podermos
acordar e, quando vier, já virá com toda a formação. Obrigado.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 17h02min.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia –
às 17h03min): Estão
reabertos os trabalhos.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Sr. Presidente, propomos a seguinte
ordem de apreciação dos Projetos: PLE n.º 057/02, PLL n.º 203/00, PLE n.º
072/02 e PLL n.º 028/01.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. João Carlos Nedel e outros, que solicita
alteração na ordem de apreciação dos Projetos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregoamos
a Emenda n.º 01 aposta ao PLL n.º 203/02 e a Emenda n.º 02 aposta ao PLL n.º
203/02, de autoria do Ver. Marcelo Danéris.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
2753/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 057/02, que cria e extingue cargos de provimento efetivo no Departamento
Municipal de Habitação, no Departamento Municipal de Limpeza Urbana, no
Departamento Municipal de Água e Esgotos, e dá outras providências. (Assessor
Administrativo II)
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Estilac Xavier: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,
§ 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM, em 27-11-02.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Em discussão o PLE n.º
057/02. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por
23 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
3049/00 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 203/00, de autoria do Ver. Luiz Braz, que cria,
no âmbito do Município de Porto Alegre, o Programa de Contrapartida Social e dá
outras providências.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D'Avila: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 04-03-02.
O SR. PRESIDENTE
(Carlos Alberto Garcia): Em discussão o PLL n.º
203/00, de autoria do Ver. Luiz Braz. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em
votação.
(Leitura
das Emendas n.º 01 e n.º 02.) (Lê.) “Emenda n.º 01, art. 2.º - O período de
contribuição a ser adimplida pelo participante do Programa de Contrapartida
Social terá a duração de seis meses, a contar da data da sua inscrição no mencionado
Programa, podendo ser prorrogado uma única vez por período igual.
Emenda
n.º 02, art. 4.º - A contrapartida social deverá ser em forma de repasse ao
Fundo Municipal de Assistência Social.”
O
Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar.
O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Carlos Alberto Garcia, presidindo os
trabalhos, Ver. Paulo Brum, Srs. Vereadores e Sr.ªs Vereadoras,
senhoras e senhores, Ver. Pedro Américo, que me honra com a sua atenção
juntamente com outros Vereadores, este Projeto é um Projeto que está na Casa
para ser votado há algum tempo, há mais de ano. Esteve para ser aprovado na
Casa, mas nós não concordávamos com as Emendas propostas pelo Executivo, por
meio de uma negociação que estava sendo levada por nós, juntamente com a
Liderança da bancada petista na época.
Eu
pensava que todos os benefícios propostos pelo Projeto eram anulados por meio
das Emendas. O Projeto se propõe a fazer com que proprietários de imóveis...
Isso acontece mais na área comercial, que, às vezes... É mais na área comercial,
o Ver. João Dib está manifestando que não; é no geral, mas o que mais causa
medo nas pessoas é na área comercial. Se há algum problema na sua construção e
vão ser vítimas de ações demolitórias, essas pessoas vão, de repente, não poder
mais continuar com seus imóveis, com seu comércio funcionando. E o que nós
estamos criando é uma possibilidade de ele contribuir - isso diz no Projeto
original - para qualquer entidade assistencial. Ele poderia ficar, durante
determinado tempo, convivendo com aquela irregularidade sem que tivesse que
fechar as suas portas. Mas ele tinha que pagar uma contribuição para uma
entidade social.
Foram-me
propostas duas Emendas novas, pelo Executivo ou pela Liderança do Executivo,
que nós aceitamos. Uma delas diz o seguinte: que o prazo para que as pessoas
pudessem ficar convivendo com essas irregularidades seria de seis meses, por
mais seis meses, portanto, um prazo de um ano. E eu acho até um prazo curto,
mas, em todo o caso, era uma condição para que pudéssemos aprovar o Projeto. Eu
acho que, depois que se vir os benefícios dele e o modus operandis desse Projeto, talvez, o Executivo resolva dar uma
dilatação desse prazo de seis meses mais seis meses. Acho que poderíamos fazer
um prazo superior a um ano.
E
uma outra Emenda que foi colocada foi que, ao invés desses recursos irem para
uma entidade assistencial, fossem dirigidos para o Fundo de Assistência Social.
Eu não gosto muito dessa idéia, mas eu acho que dá para aceitar, porque, afinal
de contas, acho que essa idéia do Fundo... O Fundo fica muito sem a nossa
fiscalização, eu acho que todos os recursos que são levados para os fundos, em
geral, ficam muito, na verdade, sem fiscalização, ficam muito ao alvedrio do
administrador. Então, eu não gosto muito, mas foram Emendas que foram aceitas
por nós para que pudéssemos aprovar esse Projeto, porque acho que ele vai
acabar gerando um benefício a mais para a população.
Alguns
amigos meus, entre eles, o Ver. João Antonio Dib, levantaram uma possibilidade
de uma ilegalidade do Projeto, que seria uma espécie de um bis in idem cobrar-se tributos sobre uma mesma base, que seria, por
exemplo, a metragem quadrada dos imóveis. E eu ponderei com o Ver. João Antonio
Dib que nós fugíamos, na verdade, dessa irregularidade, porque não se trata de
um tributo ou não se trata nem de uma penalidade, nós estamos ali concedendo,
sim, uma espécie de benefício. Então, eu não estou, na verdade, incorrendo num
bis In idem, que poderia estar incorrendo se, porventura, estivéssemos
redigindo esse Projeto de uma forma diferente. E o Ver. João Antonio Dib acabou
– ele que sempre colabora muito com as discussões aqui na Casa – compreendendo
também dessa forma esse Projeto de Lei.
E
eu acredito que nós não temos óbices, no geral, pelo menos pelo o que eu
conversei com as diversas bancadas, e penso que é um Projeto pronto para ser
aprovado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu vou
votar favoravelmente ao Projeto do Ver. Luiz Braz, depois do esclarecimento que
ele deu. Mas vou votar, também, porque eu espero que a Casa e o Executivo se
dêem conta da necessidade de aprovar Projeto de Lei, de autoria deste Vereador,
que institui procedimentos simplificados para regularização de edificações e dá
outras providências. As quatro Comissões que analisaram deram pareceres
favoráveis. Claro que ainda faltaria... Há duas Comissões, não sei se as duas
necessariamente... Eu penso que não tem motivo. Eu penso que o Projeto pode ser
votado e vai complementar o Projeto do Ver. Luiz Braz, dando condições para que
os porto-alegrenses regularizarem as suas edificações que tenham algum
problema. Saúde e paz!
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Juarez Pinheiro está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL n.º 203/00.
O SR. JUAREZ PINHEIRO: Ver. Carlos Alberto Garcia na
presidência dos trabalhos, Sr.ªs Vereadoras, Srs. Vereadores, esse
Projeto do Ver. Luiz Braz, afora o seu objetivo, o que ele colima é uma
demonstração da forma com que o Poder Executivo e a Bancada do Governo se
relacionam com aquelas pessoas que, legitimamente, fazem oposição ao nosso
projeto. Nós aqui nunca atuamos de forma a não considerar as propostas daqueles
que, politicamente, se opõem ao nosso projeto. E o Ver. Luiz Braz tem-se
destacado nesse sentido, é um adversário duro, por vezes mais do que duro, e
nós consideramos a sua iniciativa, no sentido de ela vir, em parte, mesmo que
com ela parcialmente tenhamos discordâncias, mas consideramos a proposta que
foi colocada por esse Parlamentar tão operoso.
O
Ver. Luiz Braz, nesta última Legislatura, tem colocado seus esforços, tem-se
dedicado à aprovação dessa iniciativa, e nós consideramos isso. Temos
divergências relativamente à proposta, e parte delas colocamos, inclusive,
através de duas Emendas que adredemente comunicamos
ao Ver. Luiz Braz.
Na
verdade, Ver. Pedro Américo Leal, essa iniciativa é um paliativo para aquelas
pessoas que, eventualmente, constroem prédios para uso comercial, que, por não
contemplarem determinados dispositivos, em diversas legislações, ficam
impedidas de tirar o habite-se, e dessa forma poderem operar.
Ver.
João Antonio Dib, este Projeto não regulariza, não é isso. V. Ex.ª falou em
regularização, e acho que foi mais um termo na semântica e não, na verdade, na
interpretação do termo. Ele não regulariza. Ele apenas, Ver. Reginaldo Pujol,
possibilita um período para que o empreendedor, o proprietário desse imóvel
possa operar a sua atividade comercial mediante uma retribuição ao Poder
Público com finalidade social.
Nós
examinamos com muita acuidade a iniciativa, transmitimos ao Ver. Luiz Braz as
nossas preocupações e parte delas colocamos, como, por exemplo, o período de
vigência: ele vale apenas por seis meses, prorrogado por igual período.
Mas,
de certa forma, recebe a iniciativa do Ver. Luiz Braz, que trabalhou de forma
perfunctória, com muito denodo essa iniciativa, considerando-a importante para
a cidade de Porto Alegre e para as pessoas proprietárias de imóveis com essa
situação.
É
absolutamente diferente, Ver. João Antonio Dib, do Projeto – que V. Ex.ª lembra
– n.º 135, da iniciativa do hoje Deputado Federal Alceu Collares. Aquele foi um
horror, tratou da regularização e fez muito malfeito, só trouxe problemas para
o Município de Porto Alegre.
Esse
é um Projeto com tempo de vigência limitado para algumas situações; não se
trata de regularização. A pessoa não vai receber habite-se, mas poderá operar a
sua iniciativa, o seu empreendimento, apenas por esse período, Ver. Luiz Braz:
seis meses prorrogáveis por mais seis.
Registramos
que na nossa Bancada tivemos algumas divergências sobre esse Projeto, mas
também com o espírito de contemplar as iniciativas deste Legislativo, numa
situação de uma certa ambigüidade, resolvemos, numa demonstração de cooperação,
possibilitar a verificação de se essa experiência, realmente, contribui para a
solução desses casos. Quer dizer: as pessoas que se habilitarem terão o prazo
de um ano para resolver o problema, e, se não resolverem, saem do Programa e
têm de novo a situação anterior, ou seja, precisam corrigir os problemas que as
impedem de retirar o seu alvará. Isso, Ver. João Dib, é uma demonstração,
portanto, da Bancada do Partido dos Trabalhadores, da recepção de iniciativas
consideradas importantes pelos Parlamentares, mostrando que a relação aqui,
independentemente de nossas diferenças político-ideológicas, tem de receber do
Poder Legislativo também as contribuições daqueles que se opõem ao nosso
projeto, e tenha, Ver. Luiz Braz, em conta isso. Mesmo com uma certa
ambigüidade nossa, nós acolhemos a sua iniciativa com essas Emendas e esperamos
que essa nossa demonstração também de solidariedade, de congraçamento, no
sentido de recepção de propostas, também seja correspondida pelos Vereadores
que se opõem ao nosso projeto. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Em votação o PLL n.º 203/00. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Em
votação a Emenda n.º 01 aposta ao PLL n.º 203/00. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Emenda n.º 02 aposta ao PLL n.º 203/00. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
O SR. JUAREZ PINHEIRO: Só o Ver. Estilac se absteve nessa
votação. Apenas esse registro.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Mas ele não está presente, e não existe
delegação de voto. V. Ex.ª sabe disso.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, gostaria que V. Ex.ª
registrasse “unanimidade”, por favor, na votação.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Já foi apregoada a unanimidade dos
Vereadores presentes.
O SR. ESTILAC XAVIER: Sr. Presidente, só quero registrar que
agora estou presente. Se eu estivesse presente, ter-me-ia abstido.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Fica registrado, mas o
seu voto, infelizmente, não é válido, pois já foi apregoado o resultado. Mas, de
qualquer maneira, foi feito o registro.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
3235/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 072/02, que cria duas Funções Gratificadas junto
ao Quadro do Magistério Público Municipal e uma junto ao Quadro da
Administração Centralizada.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM, em 02-12-02.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Em discussão o PLE n.º
072/02. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra para encaminhar a votação.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sr.ªs
Vereadoras e Srs. Vereadores, vejam que na Pauta, hoje, nós discutimos a
criação de cargos para as escolas, o que vale dizer que o Prefeito já deveria ter
providenciado um plano classificado de cargos. Por outro lado, neste caso, o
Secretário da Fazenda estava em casa e fez - a casa é a Secretaria da Fazenda -
a declaração do custo dos cargos que estão sendo criados em face da Lei de
Responsabilidade Fiscal. Portanto, não há por que não votar, até porque
provavelmente essas funções já estejam sendo exercidas por servidores sem que
tenham a remuneração, a gratificação justa e necessária. Vamos votar
favoravelmente. Saúde e paz! Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Em votação PLE n.º
072/02. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
0927/01 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 028/01, de autoria da Verª Maria Celeste, que
estabelece a obrigatoriedade da prestação de serviços de acondicionamento ou
embalagem das compras em estabelecimentos comerciais autodenominados de
supermercados, hipermercados ou similares. Com
Substitutivo n.º 01. Com Emendas n.os 01 a 03 ao Substitutivo n.º
01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Estilac Xavier: pela aprovação do Projeto e do
Substitutivo n.º 01;
- da CEFOR. Relator Ver. Carlos Alberto Garcia: pela rejeição do Projeto
e aprovação do Substitutivo n.º 01;
- da UTHAB. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto e do
Substitutivo n.º 01;
- da CEDECONDH. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do
Projeto e do Substitutivo n.º 01;
- da COSMAM. Relator Ver. Aldacir Oliboni: pela aprovação do Projeto e
do Substitutivo n.º 01.
Observações:
-
incluído na Ordem do Dia em 10-04-02;
-
adiada a discussão por duas Sessões.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Em discussão o PLL n.º
028/01. O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Sr.ªs
Vereadoras e Srs. Vereadores, a Ver.ª Maria Celeste é uma das mais inteligentes
aqui desta Casa e ela sempre propõe Projetos que têm recebido, ao longo do
tempo, o nosso voto favorável, mas, com relação a esse Projeto, eu gostaria que
os Srs. Vereadores pensassem o seguinte: eu acredito que ele começa a ser
inconstitucional, porque, nas suas linhas, acaba cometendo um atentado contra
aquilo que se chamaria “a possibilidade de a pessoa realizar o seu comércio
livre”, sem aquelas amarras que são desnecessárias, porque, afinal de contas,
são amarras que prejudicam a população. Se olharmos o que consta na Constituição,
logo no início do capítulo da Economia, veremos que o item da liberdade de
comércio acaba sendo ferido pelo Projeto da Ver.ª Maria Celeste. Em que é
ferido? Eu dou o exemplo da rede de supermercados Zaffari. Quem entra nesse
supermercado e faz as suas compras, quando chega no caixa para pagar as suas
compras, lá está alguém para ajudar a esvaziar o carrinho, alguém para pegar o
carrinho e enchê-lo, empacotando as mercadorias, porque o supermercado Zaffari
acredita que esse seja o serviço que ele tem de colocar a mais para aquelas
pessoas que escolhem a sua rede de supermercados. Então, se a pessoa vai pagar
mais ou menos é um problema do empresário, o empresário é quem vai resolver se
aquele serviço vai custar mais ou menos, mas ele resolve que aquele item é
importante e, por ser importante, ele coloca isso como um item a mais para ser
oferecido para os seus fregueses.
As
outras redes de supermercados resolvem não colocar empacotadores – e, de
repente, resolvem -, porque acreditam que os empacotadores vão encarecer os
produtos e, por encarecerem os produtos, eles têm de ser um item a menos na sua
relação de comércio; então eles não colocam os empacotadores, mas também não
colocam, no preço das mercadorias que estão colocando à disposição, o salário
dos empacotadores e o gasto com os empacotadores.
Aí
a Vereadora diz o seguinte: “Não, mas nós temos de colocar esta Lei, porque nós
vamos obrigar as empresas a contratarem.” Muito bem, as empresas são obrigadas
a contratar, mas elas são obrigadas também a repassar para o preço do seu
produto aquele item, independente de quererem ou não. Então, nós, aqui na
Câmara Municipal, hoje, vamos estar legislando se queremos produtos mais caros,
porque estamos legislando que os produtos devem ser mais caros porque o serviço
tem que ser melhor em algumas redes de supermercado ou se nós queremos
estabelecer esta liberdade. Aqueles empresários que resolverem colocar os seus
produtos mais baratos, colocam os produtos mais baratos e retiram determinadas
benesses para os seus fregueses, e aqueles empresários que resolvem colocar os
seus preços mais elevados, mas resolvem colocar um serviço melhor à disposição
da clientela, têm a liberdade de fazer isso, e isso é garantido pela
Constituição, está lá no Capítulo VII da Constituição, que é o capítulo da
Economia.
Então, eu vou solicitar à minha querida amiga
Ver.ª Maria Celeste, que já aprovou tantas coisas importantes desta Casa, e que
é uma Vereadora tão brilhante, com relação a sua atuação aqui na Câmara de
Vereadores, que retire este Projeto, porque ele não vem ao encontro da
necessidade da nossa população, ele é contrário aos interesses das pessoas que
procuram as redes de supermercados e àquela idéia que nós temos que ter de que
o empresário deve ser livre para escolher os seus métodos de comerciar. Ele não
tem que ser livre... Por exemplo, eu não estou aqui com o Sindicato dos
Comerciários para estabelecer uma relação escravizante com o empregado, isso
não tem que ser livre. Isso nós temos que regrar. A regra tem que ser estabelecida
pelos Legislativos, tanto estadual, federal - e, no caso do comércio, por
exemplo, tem que ser legislativo federal -, tem de haver regras para não haver
uma relação escravizante, isto tem que acontecer.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Vereador, por
gentileza...
O SR. LUIZ BRAZ: Para concluir...
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): A não ser que algum Vereador se
inscreva... O Ver. João Bosco Vaz se inscreve e, com a concordância dos
Vereadores Reginaldo Pujol e Pedro Américo Leal, cede o seu tempo para o Ver.
Luiz Braz.
O SR. LUIZ BRAZ: Vereador-Presidente, eu agradeço a V.
Ex.ª, como agradeço também ao Ver. João Bosco Vaz, que me concede tempo para
que eu continue na tribuna, e ao Ver. Pedro Américo Leal, que está inscrito
para falar após a fala deste Vereador, mas que também concede a possibilidade
de nós permanecermos aqui.
O Sr. Marcelo Danéris:
V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Um
aparte rápido, Ver. Luiz Braz, quanto ao Substitutivo do Projeto. Se o senhor
olhá-lo, verá que está definitivamente corrigida a questão de obrigar os
supermercados a ter o empacotador; ao contrário, o Projeto diz que o consumidor
não pode empacotar. Se o supermercado vai contratar empacotador, ou se o caixa
mesmo vai empacotar, qual a forma utilizada para o empacotamento é uma
responsabilidade do supermercado. Mas o Projeto diz que, por uma questão de
saúde, por uma questão sanitária, o consumidor não tem obrigação de saber
acomodar corretamente o que comprou, o consumidor não pode empacotar por uma
questão de defesa da saúde do consumidor. Como o supermercado resolve? Bom, ele
pode ter uma máquina que empacote direto, esse é um problema que passa a ser
dos supermercados. Estou só corrigindo: o Projeto não obriga a ter o empacotador.
O SR. LUIZ BRAZ: Vou- lhe dar uma outra opção, Vereador:
quem está fazendo compras em supermercado e não quer empacotar vai procurar uma
outra rede de supermercado que ofereça empacotadores. Eu não estou querendo
fazer propaganda de supermercados, mas tem uma rede que eu conheço - e tem
mais, eu conheço outras - perto da minha casa, tem o supermercado Macari, fica
na Glória, quem for lá encontrará empacotadores; é um supermercado pequeno, não
é grande. Na rede Zaffari, vai encontrar empacotadores. Não estou citando
outros aqui porque não conheço, não sou um freqüentador de supermercados, mas
posso dizer que nessas redes tem empacotadores.
Ora,
não têm empacotadores, porque querem oferecer um preço melhor, quem sabe a
política seja essa, porque duvido que tenha um só empresário nesse ramo da
alimentação que queira afastar a freguesia de seus estabelecimentos. Qualquer
empresário quer atrair freguesia, e, se eu quero atrair freguesia, tenho
algumas maneiras para conseguir isso. Uma delas é oferecer melhor preço. Várias
redes de supermercado têm no seu marketing
o melhor preço, e o melhor preço atrai pessoas. Agora, para oferecer o melhor
preço, muitas vezes ele é obrigado a cortar determinados serviços que são
colocados à disposição dos freqüentadores de outras redes. Outras redes têm o marketing que não está baseado no preço,
está baseado, por exemplo, nesses outros serviços que são oferecidos, e esses
outros serviços, um deles, pode ser o serviço de empacotamento, e aí eu vou
interferir no modo como o comerciante quer oferecer o seu produto para a sua
freguesia? Acho realmente absurdo interferir nesta relação! Porque eu não estou
favorecendo quem está adquirindo o alimento, o produto. Eu estou apenas dizendo
para ele que ele pode procurar tanto uma rede como outra, ou outras tantas
redes. Quem oferece empacotadores, quem não oferece empacotadores, quem oferece
melhor preço, quem não oferece melhor preço; é uma opção à disposição de quem
está procurando mercadorias. Então, por isso, eu acredito que esse Projeto de
autoria da Ver.ª Maria Celeste na verdade não favorece o consumidor; ele é
inconstitucional, porque fere os dispositivos do Capítulo da Economia da
Constituição, no art. 7.º, e por isso mesmo acho que esta Casa não poderia
aprovar.
E
olha: fala aqui quem, diferentemente do que falou o Ver. Juarez Pinheiro, meu
amigo, vota vários Projetos da bancada petista favoravelmente; e já votei
Projetos da Ver.ª Maria Celeste. Mas esse Projeto em si não é um Projeto que,
ao meu modo de ver, venha a beneficiar os consumidores e, por isso mesmo, o meu
voto para este Projeto é um voto contrário.
(Não
revisto pelo o orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra
para discutir o PLL n.º 028/01.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a
excepcional manifestação do Ver.Luiz Braz me deixa muito tranqüilo ao abordar o
assunto, na medida em que algumas coisas que por ele foram ditas são por mim
subscritas e evitam que eu tenha que me alongar nelas. A principal, Ver.ª Maria
Celeste, é que pelo menos eu não voto em função da simpatia que as pessoas me
inspiram nesta Casa. E, quando voto contrariamente alguma de suas propostas, o
faço respeitosamente, sem deixar de reconhecer o brilho do trabalho apresentado
e o comportamento altamente digno do proponente, como é o caso concreto que V.
Ex.ª, com toda a dignidade, apresenta um Projeto de Lei com o qual V. Ex.ª sabe
eu tenho discordância, já manifestada anteriormente; nem por isso deixo de
registrar a sua atuação qualificada nesta Casa, especialmente com relação a
essa matéria.
Os
argumentos jurídicos trazidos pelo Ver. Luiz Braz, eu subscrevo por inteiro.
Realmente acho que nós invadimos uma seara de competência que não é nossa e
deixamos de oportunizar àquelas empresas comerciais que queiram oferecer um
serviço diferenciado e, com isso, obter uma clientela especial, deixamos de
premiá-las porque, na medida em que transformamos, por essa Lei, em
obrigatoriedade, o que é feito por muitos estabelecimentos comerciais no Rio
Grande do Sul, e, especialmente em Porto Alegre, nesta época, e que é uma das
razões pelas quais eu, pessoalmente, prefiro algumas redes de supermercado em
detrimento de outras, não que nós estejamos, nesta hora, de certa maneira,
desqualificando, Ver. Pedro Américo Leal, aquele bom serviço que nós
encontramos em determinadas redes.
V.
Ex.ª me dizia há pouco que a maioria desses meninos que trabalham nessa área
são meninos jovens, de dezesseis anos, que não ganham grandes salários, mas
que, mesmo assim, pugnam por essa oportunidade de trabalho. E, evidentemente,
V. Ex.ª antecipa a sua simpatia, à qual eu me somo, àqueles estabelecimentos
que têm esse tipo de atividade.
Agora,
Ver.ª Maria Celeste, obrigar o empregador a empregar determinadas pessoas,
determinar que tipo de qualificação os seus serviços vão ter é algo que vai
além da nossa competência.
E,
por isso, com todo respeito, estou aqui, lisa e tranqüilamente, de forma muito
transparente, colocando a minha posição contrária, porque entendo que os estabelecimentos
comerciais, autodenominados de supermercados, hipermercados ou similares têm um
grupo de atividades muito grande, onde encontramos situações das mais
diferenciadas.
Em
verdade, se disse, informalmente, ou ao longo dos debates que ocorreram em outras
ocasiões, que isso se destina a determinadas redes onde essa prática não é
realizada; além de inconstitucional, eu acho que seria discriminatório, se
estivéssemos fazendo lei específica para determinados estabelecimentos
comerciais.
Eu
entendo o serviço de empacotamento, que muitas lojas e supermercados fazem,
como um serviço de atração do cliente. É algo muito bom, do qual eu me valho
por inteiro.
Não
gosto de comprar naqueles outros supermercados onde essa prática não é
realizada. E, não obstante, essa é minha preferência pessoal, entendo que isso
faz parte de uma estratégia das organizações e que eu não tenho o poder legal
de exigir um comportamento diferente, porque isso feriria dispositivos
constitucionais, comprometeria de morte esse Projeto, um Projeto que é proposto
com grande dose de sensibilidade social por parte de sua autora, mas que
incorre nesses equívocos, os quais eu me sinto não só no dever de alertá-los,
mas também, e sobretudo, dizer que com eles não vou-me comprometer pelas razões
que já coloquei, que, inclusive, conflitam com algumas posições de ordem
doutrinária que eu tenho, eis que sou a favor da livre concorrência e entendo
que os estabelecimentos comerciais devem-se organizar com a liberdade que a
Constituição lhes confere, e ao se estabelecerem dessa forma devem pugnar por
melhores estratégias de comercialização para terem sucesso nos seus
empreendimentos. O resto, por imposição legal, me parece absolutamente um
equívoco, com o qual eu não partilho. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
O Sr. Pedro Américo Leal
está com a palavra para discutir o PLL n.º 028/01.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Ex.mo Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, raramente discuto um Projeto de Lei, mas estou estarrecido! Por
quê? Pois meus colegas parecem que não leram o Projeto de Lei. Vou lê-lo no
artigo 1.º: “Os estabelecimentos comerciais autodenominados de
supermercados...” Não discutam. Supermercado, Ver. Luiz Braz. V. Ex.ª, advogado
hábil e inteligente, sabe muito bem o que é um supermercado. “...hipermercados
ou similares ficarão obrigados a prestar serviços de acondicionamento ou
embalagens dos produtos adquiridos pelos seus clientes.” O que o legislador
pretende com isso? Pretende que o cliente tenha a assistência de um
empacotador, que as filas não se aglomerem, e o próprio digitador - sei lá como
é o nome dele ou dela, aquela que opera, que passa as mercadorias e que não
encontra o empacotador do outro lado - digitadora, vamos chamá-la assim,
transforme-se em empacotadora. Qual de V. Ex.ªs não passou por isso
ou não passa por isso? Sempre. Sabem quanto custa ao supermercado, ao
hipermercado com mais de vinte postos de digitação? Sabem quanto ganham? Sete
bilhões. Sabem quanto ganha o rapazinho que fica ali ou a mocinha que fica ali?
Cento e oitenta reais. Eu perguntei! Cento e oitenta reais. Sabem quantas horas
ele trabalha por dia? Oito horas. Sabem o que faço? Sempre me eximo de carregar
o carrinho, faço rancho toda a semana, como já disse, às terças-feiras à noite,
amanhã é dia! Eu sou um daqueles que assume. Pois bem, faço o seguinte: aquilo
que tenho que pagar, e que deixo de pagar porque o rancho me libera a passagem
do automóvel pela porta do supermercado, eu dou para ele – 2 reais e 50 centavos.
Dou para o empacotador! Por quê? Porque nós precisamos auxiliar, dentro do
raciocínio social, essa garotada, a rapaziada que está ali.
Fazem-se
reuniões sempre comandadas pelo Ver. Beto Moesch. O nosso Presidente está para
apresentar um programa “Amigo dos Animais”, “Fala Bicho”, coisa parecida,
auxiliando aquele que precisa. Estou de acordo, mas vamos auxiliar também a
rapaziada que tenta estudar, que procura trabalhar. V. Ex.ªs vão
ficar indiferentes a isso? Ver. Luiz Braz, V. Ex.ª não foi tocado por essa
verdade? Cento e oitenta reais, oito horas por dia. Ah, eu perguntei, um por
um: “Quanto você ganha? - Ganho cento e oitenta reais. - Quantas horas vocês
trabalha por dia? - Oito horas. - Quantos anos você tem? - Dezessete.” E aqui,
vamos votar ao lado dos supermercados, dos hipermercados? Claro que sou
favorável, não se pode dispensar o efetivo de rapazes que trabalham, não só
pelas minhas conveniências, quero ser atendido e não ver a registradora
empacotar, o que tumultua a fila, mas também porque quero ajudar a garotada, a
rapaziada, para que não caia na droga. (Palmas.)
Eu
não sei o que V. Ex.ª vai-me dizer, até acho que não irá dizer nada, pois
conheço V. Ex.ª. V. Ex.ª se fez por si, foi pobre, veio lutando por aí. Veio lá
de Ribeirão Preto, foi radialista dos mais famosos nesta Cidade, antes de
Zambiasi. Não sei o que V. Ex.ª irá me dizer, mas diga.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Ver. Pedro Américo Leal,
seu tempo está encerrado.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Ver. Luiz Braz, é que o empacotador, que
se fez Deputado agora, e que é Vereador atualmente, cedeu-me o tempo para que
eu respondesse a V. Ex.ª.
(Revisto
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Queremos apregoar o
Requerimento da Ver.ª Maria Celeste que solicita dispensa do envio das Emendas
n.ºs 03, 04, 05, 06, 07 e 08 ao PLL n.º 028/01 às Comissões.
O
Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir o PLL n.º 028/01.
O SR. RAUL CARRION: Ver. Carlos Alberto Garcia, que dirige os
trabalhos, e demais Vereadores e Vereadoras, vou tentar fazer uma intervenção
rápida. Primeiro, o objetivo essencial do Projeto da Ver.ª Maria Celeste está
claro: visa a garantir condições de segurança e saúde ao consumidor. Essa é a
essência da questão e que é perfeitamente constitucional, Ver. Luiz Braz.
O
que diz o Capítulo IV, sobre o Meio Ambiente, art. 225: “Para assegurar a
efetividade deste direito - que é o direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à saúde -, cabe ao Poder Público
controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, qualidade de vida e meio
ambiente.” Pergunto: um supermercado vende ou não vende venenos? Vende ou não
vende combustíveis? Vende ou não vende desinfetantes? Vende ou não vende
produtos perigosos ou nocivos à saúde? Vende. Vende, junto com isso, ou não
vende alimentos, produtos de higiene? Vende. No supermercado esses produtos
estão separados. Ao serem adquiridos, são juntados. Para que o consumidor saia
do supermercado ou do hipermercado, precisam ser colocados em uma embalagem.
Nessa embalagem, se forem colocados desinfetantes, venenos, soda cáustica junto
com alimentos, causa ou não causa, Ver. Beto Moesch, perigo à saúde do consumidor?
Causa. Portanto, é necessário que essa operação seja feita por alguém
qualificado, que saiba como colocá-los de forma separada. É essa a essência do
Projeto da Ver.ª Maria Celeste. Nada tem a ver com laissez-faire, com livre direito de comércio, porque senão, com o
argumento dos que foram contra, o supermercado teria o direito de vender, por
exemplo, produtos vencidos, Ver. Dr. Goulart. E caberia ao consumidor decidir
se compra no supermercado que tem produtos vencidos ou compra em outros
supermercados onde os produtos estão no prazo de validade. O Poder Público não
tem o direito de, numa questão de saúde, deixar ao livre arbítrio do consumidor
essa decisão. Não tem o direito de permitir que o cidadão que ganha salário
mínimo, que passa fome, vá comprar produtos deteriorados porque são mais
baratos. Compete ao Poder Público, e está na Constituição e na Lei Orgânica, e
eu vou ler aqui onde diz, art. 161, inciso XVIII: (Lê.) “São competências do
Município tal e qual: controle e fiscalização de qualquer atividade de serviço
que envolva um risco à saúde, à segurança e ao bem estar físico e psíquico do
indivíduo e da coletividade, bem como do ambiente natural.” Essa operação leva
ou não leva risco? Leva. Compete ao Município legislar sobre isto.
Faço
uma última colocação, relembrando a questão do auto-abastecimento de
combustíveis, que esta Casa, em boa hora, através de um Projeto que tive a
honra de apresentar, proibiu no Município de Porto Alegre. Por quê? Porque o
auto-abastecimento de combustíveis pelo próprio consumidor, que não é
especializado, não conhece a periculosidade dos combustíveis, levaria a risco
de saúde, risco ao meio ambiente, risco de incêndio e assim por diante. E o
Município decidiu interferir numa questão de comercialização, no caso dos combustíveis,
para evitar risco à Cidade, ao cidadão, ao meio ambiente. Portanto, compete ao
Poder Público, no seu Poder Legislativo, decidir sobre questões que envolvem
risco à saúde, e esta questão envolve risco à saúde, porque o supermercado
vende o veneno, o combustível, o inflamável, a substância perigosa e vende
junto com os alimentos. Os Vereadores da área da saúde são todos favoráveis, e
tenho certeza que o Ver. Beto Moesch, preocupado sempre com a saúde, preocupado
sempre com o meio ambiente, será também um voto a favor deste justo Projeto da
Ver.ª Maria Celeste. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
O Ver. João Antonio Dib
está com a palavra para discutir o PLL n.º 028/01.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
diferente do que se pretende espalhar por aí, a Bancada do Partido Progressista
Brasileiro tem personalidade, tem independência e tem harmonia. Temos
convicções, discutimos, trocamos idéias e discordamos. Portanto, nós nunca damos
apoio a essa ou àquela medida sem que tenhamos convicção. Vamos continuar sendo
assim. A nossa Bancada está sempre presente no Plenário, uma Bancada que inicia
a Legislatura e termina como inicia, não é para todos.
Dessa
forma, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu sou um habitué de supermercado e conheço aqueles que atendem muito bem,
aqueles que atendem bem e aqueles que atendem menos bem, e às vezes me
surpreendo quando vou num que considero que atende menos bem, em que não dão
nem sacola, nem há empacotador; as filas são enormes, os carrinhos são muito
cheios e a gente tem que esperar e espera. Então eu não posso ver que a Casa do
Povo de Porto Alegre analisa projetos como a criação de cargos, a contrapartida
social, funções gratificadas são criadas, e se diz: “Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. Aprovado”, quase sem nenhuma palavra para discutir
a matéria. Agora, quando se pretende criar empregos por Lei, aí todos se
apresentam na tribuna para falar, falar e falar. Eu fico pensando: se fosse
fácil criar tudo por Lei, não haveria mais desempregados, não haveria mais
pessoas nas filas esperando médicos, não haveria pessoas esperando consultas
por seis meses ou por um ano, tudo na base de uma Lei, mas aqui, nesse caso, eu
não tenho nenhuma dúvida. Como eu disse: eu freqüento o que atende muito bem, o
que atende bem e o que atende menos bem, de acordo com os meus interesses, com
os meus momentos, eu vou.
Há
pequenos supermercados com todo atendimento que está querendo ser proposto por
Lei agora, há grandes supermercados com tudo o que está sendo proposto, e há
outros que não têm nada disso, mas aí é o cliente que vai escolher, é o cliente
que vai decidir e não há de ser imposto para alguém por Lei.
A
Câmara deveria se dar conta, algumas vezes, de que essa história de fazer leis
não é bem assim. Eu já vejo a movimentação para a próxima quarta-feira. Será
que vai haver movimentação? Será que a Câmara não se dá conta de que não
deveria interferir em certos assuntos que não são da sua competência? Por que
nós temos Constituição Federal, Estadual e Constituição Municipal? Por quê?
Para que nós façamos diferente do que ali nós juramos cumprir? Então, na
verdade, a preocupação é humana, é seria, mas não pode ser imposta, não tem
como impor. Nós vamos colocar a Câmara Municipal como tantas outras vezes foi
colocada. Fazemos leis, entra-se na Justiça e derruba-se a Câmara. A Câmara não
está se autorespeitando, não está, quando estamos fazendo votações que não nos
competem. Mas eu digo a V. Ex.ªs, Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
que a minha Bancada é uma Bancada que tem harmonia, independência e vai
continuar sendo assim para todo e qualquer assunto que deva ser tratado nesta
tribuna. Saúde e paz!
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
A Ver.ª Maria Celeste
está com a palavra para discutir o PLL n.º 028/01.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente dos trabalhos, Sr.ªs
Vereadoras e Srs. Vereadores, para iniciar esta discussão, eu gostaria, Ver.
Luiz Braz, de fazer a leitura do Parecer da Comissão de Constituição e Justiça
desta Casa.
(Lê.)
“Na verdade, o Projeto de Lei in comento não
fere os princípios da Livre Iniciativa e da Livre Concorrência insculpidos na
Constituição Federal, uma vez que não cria ou institui nova modalidade de
obrigação, pois tais medidas estão amplamente instruídas no Código de Defesa do
Consumidor, Lei Federal n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990, limitando-se à
proposição que impõe o cumprimento dessas exigências no âmbito do Município de
Porto Alegre, como fator de proteção à coletividade, agindo em área de seu
peculiar interesse, como lhe é permitido pelo art. 30, da Constituição Federal.
Se
o Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 6.º, inciso VII, prevê inclusive
a inversão de ônus da prova como meio de facilitar a defesa dos
consumidores: ‘(...) Art. 6.º São
direitos básicos do consumidor: (...) VIII- a facilitação da defesa dos seus
direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova em seu favor no processo
civil quando a critério do Juiz for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; (...)’,
questionamos: como poderá o consumidor, que, por imperícia justificada,
acondicionou mal os produtos adquiridos, contaminando assim esses produtos e
que, ao efetivar o ato do empacotamento, tacitamente aceitou esta condição na
relação jurídica de compra e venda que estabeleceu com o empresário comercial,
requerer o amparo da Lei?
Do
exposto, podemos então afirmar que o oferecimento do serviço de empacotamento
pelos supermercados, hipermercados ou similares é atividade específica do
comerciante, a quem incumbem os riscos do negócio, que não podem ser repassados
aos consumidores. Na medida em que, ao transferir-lhes essa obrigação, está-se
retirando-lhes a possibilidade de pleitear a defesa de seus direitos, já que a
culpa pelo mal-acondicionamento e contaminação seria exclusiva desse,
caracterizando, isso sim, incorrência em inconstitucionalidade do mais alto
grau, pois foram abalados os princípios que norteiam a Lei Maior.”
No
que tange, então, à Comissão de Constituição e Justiça, uma Comissão técnica
que examinou esse Parecer, que diz: “É constitucional, é legal, é orgânico e é
regimental.” Esse é o Parecer da Comissão de Constituição e Justiça que fala
sobre o aspecto da legalidade.
Eu
queria trazer uma outra discussão. É que, talvez, os Vereadores não tenham
podido atentar para a questão da saúde, ou seja, preservar a saúde do
consumidor. Nós, quando vamos ao supermercado, não fomos treinados para
acondicionar adequadamente os produtos. Nós vamos levar para casa, então, um
gênero alimentício junto de um inseticida, de um material de higiene, podendo
provocar riscos à saúde dos nossos filhos, da nossa família, em nossa casa.
Um
segundo aspecto que eu queria levantar é a questão da geração de emprego, que é
uma questão que vem sendo colocada pela AGAS, que diz que vai gerar um custo
maior na questão da contratação. Há necessidade da contratação de pessoas, e
essa contratação pode ser feita sob diversas formas. Cada supermercado ou
hipermercado, não precisaria, necessariamente, ter uma pessoa naquele caixa,
ele pode ver formas de viabilizar esse serviço. Existem momentos...
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
O Ver. Juarez Pinheiro
se inscreve e, com a concordância do Ver. Adeli Sell e do Ver. Zé Valdir, cede
o seu tempo a V. Ex.ª.
A SRA. MARIA CELESTE: Muito obrigada, Ver. Juarez Pinheiro.
Continuando,
a possibilidade de gerar empregos vem na perspectiva, por exemplo, de se
poderem viabilizar convênios. O Governo do Estado implementou o Primeiro
Emprego no Estado do Rio Grande do Sul. Há formas de se buscarem alternativas,
o que os supermercados poderão estar fazendo, como o Projeto Recomeçar, que
atinge as pessoas além dos quarenta anos, que foram Emendas propostas pelo Ver.
Cassiá Carpes e pelo Ver. Paulo Brum, as que priorizam a contratação de pessoas
portadoras de deficiências. Então, todos esses aspectos podem ser, sim,
conversados, viabilizados como formas de não passar para o consumidor o custo
final desse produto.
Um
terceiro aspecto é a questão da leitura óptica. Quantas vezes nós vamos ao
supermercado e não conseguimos acompanhar, inclusive, a leitura dos preços?
Nunca se sabe se o que está sendo digitado é o preço correto do produto que
estamos levando para casa. Não é uma questão de comodidade, mas de necessidade
de que o consumidor seja bem atendido.
Para
finalizar, a questão do custo. O Ver. Luiz Braz falou que a pessoa, o
consumidor tem o direito de escolher e de buscar um menor custo. Pois bem, na
semana passada, na sexta-feira, em contato com a Dona Edi, que é a
representante do Movimento de Donas de Casa, ela me dizia que fez uma pesquisa
de uma cesta básica na cidade de Porto Alegre e, pasmem, Srs. Vereadores, uma
empresa que possui o serviço de empacotador não era a que tinha o maior custo
dessa cesta básica. O Ver. Cassiá Carpes também tem um relato que vai passar
logo a seguir. Quer dizer, ter o serviço de empacotador não necessariamente
aumenta o custo daquela empresa.
Outro
aspecto que eu quero colocar é que a rede que tem esse serviço na cidade de
Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, tem como política uma relação
muito forte, constituída, de custo/benefício; trabalha na perspectiva de estar,
por meio do primeiro emprego, contratando adolescentes e jovens, para, aos
poucos, irem crescendo dentro da empresa, formando-se, trazendo como política,
uma norma de crescimento para essa empresa. Há formas, sim, de se reverter essa
questão, não há necessidade de encaminhar ao consumidor o preço final, o custo
final desse serviço. E acredito, pela questão da constitucionalidade referida
aqui pelos Vereadores, que nós, por meio do Substitutivo, ressalvamos esse
processo. Quero aqui referendar o que diz a Comissão de Constituição e Justiça:
ele é constitucional.
Queremos
o empenho desta Casa para votar esta matéria. Vejo, infelizmente, que os
Vereadores se estão retirando do Plenário. Nós gostaríamos de fazer essa
votação hoje, mas vamos continuar discutindo, vamos continuar insistindo: essa
matéria é constitucional e nós podemos, sim, estar trabalhando sobre ela.
Há
mais um aspecto que eu quero levantar: a questão da responsabilidade social das
nossas empresas. Nós vivemos sempre buscando grandes lucros, as empresas vivem
buscando grandes lucros, e onde está a responsabilidade social que cada um de
nós tem neste País? Isso nós temos que perguntar para as nossas grandes
empresas aqui do Rio Grande do Sul.
Para
finalizar, eu só quero citar que esta discussão iniciou na Legislatura passada
- quero fazer aqui uma referência - pelo meu companheiro Ver. Antônio Losada,
que já trazia essa discussão e que retirou o Projeto. Nós o reapresentamos de
uma outra forma, para que essa discussão fosse feita aqui nesta Casa. Quero
também fazer uma referência a que o Substitutivo foi também discutido e
assinado pelo Vereador Líder da minha Bancada, Marcelo Danéris. Muito obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Adeli Sell está com a palavra
para discutir o PLL n.º 028/01.
O SR. ADELI SELL: Ver. Aldacir Oliboni, na presidência dos
trabalhos; Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, é bastante lastimável
que, no início do mês de dezembro, faltando doze dias para o encerramento do
ano Legislativo - apesar de que o Ver. João Antonio Dib e eu queríamos Sessões
normais em todo mês de julho pelo menos -, nós estejamos, neste momento, com
tão poucos Vereadores discutindo um Projeto da magnitude do Projeto da Ver.ª
Maria Celeste. Essa questão do empacotamento dos produtos adquiridos no
mercado, para mim, nesta tarde, valeu pela intervenção do nobre Ver. Pedro
Américo Leal, sensibilizado, “antenado” com a vida real, cotidiana das pessoas.
Quantas e quantas pessoas podem ter ali o seu trabalho! O empacotamento não tem
um custo adicional tão grande, pelo contrário. Eu queria desafiar as pessoas a
fazerem uma pesquisa de preços entre uma grande rede de supermercados que tenha
empacotamento e uma outra que não tenha empacotamento. Eu já fiz isso e tenho,
inclusive, dito aqui como funciona uma das grandes megacorporações que se
instalou neste Estado, que liquidou com o comércio de alimentos na Argentina,
que hoje está no Rio Grande do Sul, que colocou um hipermercado num lugar em
que eu sempre questionei. Ela não tem empacotador e nem por isso o seu produto
é mais barato. Como já disse também o Ver. Raul Carrion aqui, a questão do
empacotamento e a devida separação por produtos é fundamental.
Sobre
a questão da legalidade, nós estamos tratando, inclusive, sob o ponto de vista
da saúde do consumidor, de possibilidades que há, de legislação sobre o mesmo
tema em nível federal, estadual e municipal. Nós temos a possibilidade, nós
temos o direito, como Vereadores, de legislar sobre este tema. Não é uma
matéria inconstitucional, como já mostramos, aqui nesta Casa, o Ver. Juarez
Pinheiro e este Vereador, várias vezes, quando discutíamos que nós podíamos
legislar sobre o atendimento no sistema financeiro, nos bancos. Tanto que até
hoje não conseguiram argüir a inconstitucionalidade de nenhuma das nossas leis
que trataram da questão do atendimento nos bancos.
Eu
quero me apoiar, inclusive, nesse precedente para dizer, com todo o respeito
àqueles que discordam da nossa opinião, que nós podemos legislar sobre o tema.
A questão que o Ver. Raul Carrion levantou aqui não é de menor importância. Não
vou repeti-la, porque ficou evidenciada a necessidade de uma separação devida.
Dirão: “Isso o consumidor também poderá fazer.” Mas essa é uma tarefa que
aquele que nos alcança o produto, aquele que nos coloca o produto deve zelar
para que o produto seja entregue, mediante o pagamento que nós fizemos, nas
condições devidas.
Neste
momento em que discutimos essas questões, deveríamos estar aqui discutindo o
tipo de embalagem que poderíamos, inclusive, exigir dos mercados, por exemplo,
em vez do plástico, um material degradável. Nós poderíamos, sem dúvida alguma,
já estar discutindo essas questões aqui.
Portanto,
eu quero dizer que esse Projeto da Ver.ª Maria Celeste tem todos os méritos, é
fundamental para a população, e é por isso que nós apelamos aos Vereadores para
votarem favoravelmente. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Em votação o Requerimento, de autoria da
Ver.ª Maria Celeste, que solicita dispensa do envio das Emendas números 03, 04,
05, 06, 07 e 08 ao PLL n.º 28/01 à apreciação das Comissões Permanentes.
Conforme
solicitação à Mesa, vamos fazer verificação de quórum.
O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, enquanto
ocorre a verificação de quórum, peço que V. Ex.ª informe o que foi votado até
agora, para esclarecer o Plenário.
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Conforme orientação da Diretoria
Legislativa, nós informamos que nada foi votado, até porque estamos solicitando
verificação de quórum.
Não
há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h21min.)
* * * * *